Governo Leite publica edital de licitação para instalação do Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres
Unidade funcionará de forma integrada, colaborativa e ininterrupta, no prédio da antiga sede da CEEE, em Porto Alegre
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O governo do Estado publicou, nesta quinta-feira (27/11), o edital de licitação para instalação do Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres (Cegird). A estrutura foi projetada para coordenar, monitorar e gerenciar operações de resposta a situações de emergência decorrentes de eventos extremos.
A unidade será instalada no mesmo espaço que abrigou o Centro Administrativo de Contingência (CAC), durante a resposta às enchentes de 2024, na Avenida Ipiranga, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre, na estrutura onde operou a antiga sede da CEEE. O investimento, via Funrigs, será de R$ 70,3 milhões, com prazo de execução de 12 meses e previsão de conclusão em dezembro de 2026.
O anúncio foi realizado pelo governador Eduardo Leite e pelo vice-governador Gabriel Souza, na tarde desta quinta-feira (27/11), durante reunião do Conselho do Plano Rio Grande, ocorrida no Palácio Piratini. Na ocasião, também foi instituído o Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, por meio da assinatura do decreto que regulamenta a Lei 16.263, de 27 de dezembro de 2024.
“Com a construção e a efetivação do Centro Estadual, o Rio Grande do Sul estará à altura das referências internacionais no que diz respeito à gestão de riscos e desastres”, afirmou o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, que sublinhou o caráter integrado do projeto.
Os principais pontos da norma são a reestruturação do Conselho Estadual de Proteção e Defesa Civil e suas Câmaras Temáticas; das setoriais de Gestão de Riscos de Desastres em todas as secretarias e na Procuradoria-Geral do Estado; do Gabinete Integrado de Gerenciamento de Desastres para atuação unificada em crises; dos centros de Gestão Integrada de Riscos e Desastres (Cegird) e de Logística Humanitária (Celog), bem como dos procedimentos de declaração de anormalidade, incluindo a homologação sumária.
“O Cegird é onde teremos planejamento, preparação, monitoramento, alertas, ensino. Ou seja, toda gestão da defesa civil. Em situações de crise, é onde teremos todas as agências integradas. Já o Celog é onde faremos recebimento, triagem, armazenamento e distribuição da logística humanitária relacionada aos desastres”, pontuou o chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Chaves Boeira.
Logística humanitária
Além do Cegird, o governo do Estado está estruturando o Centro Estadual de Logística Humanitária (Celog), orçado em R$ 38 milhões. A unidade será responsável por coordenar o recebimento, a organização e a distribuição de recursos humanos e materiais em situações de emergência.
Também estão sendo implantados os Centros Regionais de Gestão Integrada de Riscos e Desastres em nove cidades: Santa Maria, Pelotas, Lajeado, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santo Ângelo, Uruguaiana, Frederico Westphalen e Tramandaí.
Tais unidades funcionarão como sedes das Coordenadorias Regionais de Proteção e Defesa Civil no interior do Estado e possuirão os mesmos atributos estruturais e operacionais do centro estadual, dimensionados para a escala regional.
Integrada e colaborativa
Inspirado nas melhores práticas nacionais e internacionais, o Cegird terá uma estrutura organizacional projetada para gerenciar operações de preparação e resposta a emergências e desastres. A unidade funcionará como ponto estratégico para atuação integrada e colaborativa de múltiplas agências, centralizando a coordenação das ações em momentos de crise.
“Com a construção e efetivação do Centro Estadual, o Rio Grande do Sul estará à altura das referências internacionais no que diz respeito à gestão de riscos e desastres”, afirmou o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, que sublinhou o caráter integrado do projeto.
A edificação foi concebida como um edifício de missão crítica, dedicado às funções de comando, controle e coordenação entre diferentes órgãos. Contará com infraestrutura tecnológica avançada, sistemas integrados e arquitetura hiperconvergente, permitindo análise em tempo real e suporte direto à tomada de decisão.
Redundância dos sistemas
O projeto prioriza alta disponibilidade e redundância completa dos sistemas essenciais de energia, climatização, comunicação e processamento de dados, garantindo funcionamento contínuo, inclusive em cenários de estresse operacional.
O complexo contará ainda com um heliponto homologado para operações noturnas, além de áreas de estacionamento e pátios de manobra dimensionados para receber aeronaves de grande porte, ampliando a capacidade de resposta e o suporte logístico em situações de emergência e comando de incidentes.
O Cegird concentrará as principais estruturas estratégicas do Estado relacionadas à gestão de riscos e desastres. Entre elas estão o Centro de Operações e o Centro de Monitoramento de Proteção e Defesa Civil, responsáveis pelo acompanhamento contínuo de cenários de risco e pelo acionamento de protocolos operacionais, com atuação 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Texto: Ascom Defesa Civil
Edição: Secom