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História de órgão composto por representações do governo do Estado e da sociedade civil completa 100 anos

Conselho Penitenciário do Rio Grande do Sul, fundado em 1925, é pioneiro em seu campo de atuação

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Imagem mostra cerimônia de 100 anos do Conselho Penitenciário do Rio Grande do Sul (Conspen)
Celebração foi realizada no Memorial do Ministério Público, com a presença de representantes da sociedade civil e autoridades - Foto: Gabriel Centeno/Ascom SSPS

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS) e o Conselho Penitenciário do Rio Grande do Sul (Conspen), promoveu, nesta terça-feira (9/12), o evento comemorativo pela passagem dos 100 anos do Conspen. A celebração foi realizada no Memorial do Ministério Público, com a presença de representantes da sociedade civil e autoridades de diferentes esferas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

O Conselho Penitenciário gaúcho é, hoje, o mais antigo do Brasil em atuação. Funciona como um órgão consultivo e fiscalizador da execução penal, previsto na Lei de Execução Penal (LEP). Presente em todos os Estados, atua para garantir o correto cumprimento das penas, emitir pareceres sobre benefícios como indulto, comutação e livramento condicional, além de inspecionar estabelecimentos prisionais. É composto por membros nomeados pelo governador — profissionais do Direito, especialistas da área social e representantes da comunidade —, com a missão de contribuir para a humanização e o aprimoramento do sistema prisional.

Os 100 anos de história do Conspen gaúcho são marcados por uma trajetória de evolução, desafios e compromisso com a justiça e a reintegração social. Para a presidente do Conspen, a diretora-adjunta do Departamento de Políticas Penais (DPP) da SSPS, Lea Bos Duarte, a celebração reforça a memória institucional e valoriza profissionais que contribuíram para sua missão.

“A partir do momento em que alguém é privado de liberdade, inicia-se um processo complexo de reconstrução de vínculos e de preparação para o retorno à vida em sociedade. O Conspen acompanha essa fase de forma atenta, garantindo que cada decisão seja pautada pela legalidade, pela ética e pelo objetivo maior de favorecer uma reintegração segura e sustentável”, destacou Lea.

Vozes da ressocialização

Um dos pontos altos do evento foi a apresentação do coral formado por reeducandos da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), seguido pela entrega de 20 placas alusivas aos 100 anos a personalidades cujas trajetórias estão intrinsecamente ligadas à do Conspen.

História do Conspen

O Conselho Penitenciário do Rio Grande do Sul foi estabelecido pelo Decreto Estadual 3.432, de 16 de fevereiro de 1925, sob a presidência de Antônio Augusto Borges de Medeiros, figura política central na história gaúcha, que governou o Estado por 25 anos.

No início de sua existência, o Conselho Penitenciário opinava só nos pedidos de livramento condicional e indulto. Hoje, é um órgão consultivo e fiscalizador da execução penal, que atua na esfera jurídico-administrativa, com competências como emitir pareceres sobre livramento condicional, indulto e comutação de pena; inspecionar estabelecimentos penais e fiscalizar o cumprimento da pena; representar à autoridade competente sobre irregularidades verificadas nos estabelecimentos prisionais; apresentar relatório anual ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; supervisionar patronatos e assistência aos egressos; propor indulto e livramento condicional; acompanhar psicossocialmente o liberado condicional e apoiar e fomentar a assistência social aos detentos e egressos, às famílias e às vítimas.

Para a presidente, empossada no dia 7 de novembro para o exercício dos próximos quatro anos, são objetivos a elaboração do planejamento estratégico e o estreitamento de laços com órgãos de execução e outros atores envolvidos no processo e as políticas de acolhimento aos egressos, realizadas em parceria com a Polícia Penal, com escritórios sociais e instituições da sociedade civil.

O conselho é composto por 14 membros, sendo nove titulares e cinco suplentes. Entre os integrantes estão integrantes de Conselhos da Comunidades, órgão auxiliar da execução penal previsto na LEP, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Casa Civil, da Procuradoria-Geral do Estado, da Polícia Penal, da Ordem dos Advogados do Brasil e de acadêmicos da área do Direito.

Foto mostra homenageados na celebração de 100 anos do Conselho Penitenciário do Rio Grande do Sul
Celebração dos 100 anos do Conselho Penitenciário do Rio Grande do Sul teve homenagens e reconhecimentos - Foto: Gabriel Centeno/Ascom SSPS

Texto: Paula Sória Quedi/Ascom SSPS
Edição: Secom

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