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Seminário do Plano Rio Grande detalha ações e projetos para reconstrução do Estado

Atores dos setores público e privado, de organizações do terceiro setor e da imprensa debateram programa do governo

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Painel “Instrumentos de gestão e financiamento” reuniu gestores do poder público e da iniciativa privada - Foto: Mauro Nascimento/Secom

O governo estadual realizou, por meio da Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg), o 1º Seminário do Plano Rio Grande – “Reconstrução e resiliência para o futuro do Rio Grande do Sul” nesta quinta-feira (22/5), no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. O evento teve discussões entre atores dos setores público e privado, de organizações do terceiro setor e da imprensa em cinco painéis.

Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

A abertura do seminário contou com a participação do vice-governador Gabriel Souza e do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, que ressaltaram a relevância do plano e detalharam o andamento de várias ações.

“Esse é um esforço coletivo, que exige a participação contínua da sociedade civil. A nossa tarefa é garantir que o plano seja mais do que um projeto de governo e se torne uma estratégia permanente, com impacto na vida de todos os gaúchos”, explicou Gabriel.

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Gabriel Souza e Pedro Capeluppi abriram seminário pela manhã - Foto: Rodrigo Ziebell/Ascom GVG

Ao longo do dia, as ações do Plano Rio Grande foram debatidas em cinco painéis:  “Inovação, ciência e tecnologia na reconstrução”, “Instrumentos de gestão e financiamento”, “O papel da comunicação na consolidação do Plano Rio Grande”, “Governança multinível e gestão integrada” e “Legado do Plano Rio Grande”. O auditório do Instituto Caldeira, localizado na Zona Norte da capital, recebeu mais de duzentos participantes, entre convidados e inscritos.

Manhã

O primeiro painel, “Inovação, ciência e tecnologia na reconstrução”, teve a presença da secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, e da diretora-presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Veronica Rios, com mediação do subsecretário de Inteligência Mercadológica da Serg, Fernando Mattos.

Simone destacou que a inovação voltada à sustentabilidade ambiental e políticas de fomento ao ecossistema de inovação já integravam o Mapa Estratégico do governo mesmo antes do período das enchentes. “Políticas de inovação, ciência e tecnologia se concretizam a médio e longo prazo, por isso é tão importante fazermos uma política de Estado. Seguimos trabalhando na estratégia de captar recursos no Funrigs [Fundo do Plano Rio Grande] para desenvolver soluções inovadoras e tecnológicas”, ressaltou.

Em sua participação, Veronica relatou a atuação geral da ANA e a atividade de monitoramento dos rios de todo o território nacional. “Houve grande mobilização na agência para fornecer informações durante as enchentes, e um esforço específico para a recuperação das estações fluviométricas, que nos entregam dados imediatos para a resposta e a reconstrução”, relatou.

Inovação, ciência e tecnologia na reconstrução”, com presença de Stulp   mai25 (1)
Tema do primeiro painel do dia foi "Inovação, ciência e tecnologia na reconstrução" - Foto: Fabio Ritter/Ascom Sict

Com mediação de secretária-adjunta da Reconstrução Gaúcha, Angela de Oliveira, o painel “Instrumentos de gestão e financiamento” reuniu gestores do poder público e da iniciativa privada. “Nosso objetivo é ampliar a convergência em torno do Plano Rio Grande, também no que diz respeito às alternativas de gestão e financiamento, o que envolve a iniciativa privada e o terceiro setor”, afirmou.

Três convidados formaram a mesa: a secretária-adjunta do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal, Cristiane Battiston; o diretor de Planejamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul (BRDE), Leonardo Busatto; e a analista de Governança e Responsabilidade Social do Instituto Helda Gerdau (IHG), Carolina Hermeling.

“O Brasil, durante a enchente, se uniu pelo Rio Grande do Sul. Hoje, temos recursos e precisamos novamente dessa união de esforços para executar todas as ações”, disse a representante do governo federal. Cristiane ainda detalhou as ações federais no Estado desde o começo das inundações e abordou o trabalho conjunto que precisa ser realizado nos próximos meses – o que também envolve os municípios do RS.

Por sua vez, Busatto enumerou as medidas do BRDE durante a calamidade, com operações de financiamento para centenas de pequenas empresas e a suspensão do pagamento de contratos por até um ano.

A manhã de debates se encerrou com o painel dedicado à comunicação – pública e exercida pelos veículos de imprensa – durante e após as enchentes. Mediado pelo titular da Secretaria de Comunicação (Secom), Caio Tomazeli, o painel contou com a participação dos jornalistas da GZH, Rosane de Oliveira, do Correio do Povo, Mauren Xavier e da Band, Guilherme Macalossi.

Painel sobre a comunicação durante as enchentes no Seminário do Plano Rio Grande   mai25
Em painel mediado por Caio Tomazeli (E), jornalistas abordaram as estratégias adotadas para transmitir informações úteis - Foto: Mauro Nascimento/Secom

“A Secom comunica, mas antes ela atua na estratégia do governo, o que chamamos de agir comunicativo, se envolve nos temas, com profundidade, nos assuntos estratégicos do governo, para depois construir uma comunicação. A comunicação que estamos fazendo no Plano Rio Grande tem o conceito de que 'o plano é um só, tornar o Rio Grande ainda mais forte'. Com as enchentes, primeiramente fomos transformados e impactados muito profundamente, e isso traz repercussões enormes para o nosso contexto e futuro”, explicou Tomazeli.

“A comunicação foi essencial para salvar vidas, pois mostrávamos quem precisava de ajuda e aonde, para que as pessoas pudessem ajudar, e a solidariedade foi absolutamente fundamental. Conseguimos fazer o melhor trabalho jornalístico de todos os tempos, pois nunca tínhamos enfrentado nada parecido, desafiados da forma que fomos e fizemos das nossas equipes algo que parece inacreditável, com profissionais que saíam de suas folgas para ajudar”, contou Rosane.

Mauren relatou a complexidade da atuação dos veículos no momento das enchentes e como isso impactou diretamente a estrutura dos jornais. “O Correio passou pelas duas grandes enchentes, em 1941 e agora, que tivemos uma situação mais crítica. Tivemos que evacuar o prédio e, mais do que perder a sede, também tivemos a necessidade de desligar todos nossos servidores, que estão no local, e encontrar soluções para continuar trabalhando”, recordou.

Tarde

O primeiro painel da tarde – “Governança multinível e gestão integrada” – reuniu a assessora de Relações com Investidores da Serg e mediadora do debate, Gabriela Capeletto, o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, e o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade da Prefeitura de Porto Alegre, Germano Bremm.

Primeiro painel da tarde debateu governança multinível e gestão integrada   mai025 (1)
Primeiro painel da tarde debateu governança multinível e gestão integrada - Foto: Luís André/Secom

“Temos um cenário de governança muito específico. Há ações de reconstrução que serão lideradas por municípios, outras pelo governo federal e várias que estão sendo conduzidas pelo governo do Estado. Foi buscando uma capacidade de execução adequada ao desafio que criamos o Plano Rio Grande, com seus conselhos e seu comitê científico, e conseguimos entregas importantes neste primeiro ano da iniciativa”, detalhou Capeluppi.

“A questão climática já estava em pauta na Prefeitura de Porto Alegre, com trabalhos de diversas secretarias. Mas essa consciência aumentou para os gestores públicos e a população. Depois dos últimos eventos, Porto Alegre teve 30% do seu território afetado”, lembrou Bremm.

O painel de encerramento, mediado pelo secretário-adjunto da Casa Civil, Gustavo Paim, teve como tema o “Legado do Plano Rio Grande”, com a participação do promotor do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), e Felipe Teixeira, do CEO do Transforma RS, Ronald Krummenauer, do gerente de Relações Governamentais da Fecomércio/RS, Lucas Schifino, e da coordenadora de Meio Ambiente da Prefeitura de Arroio do Meio, Leucádia Korb.

A mesa avaliou os resultados das ações do plano nos municípios mais afetados, a necessidade de se estabelecerem planejamentos perenes nas diferentes regiões do Estado e a ampliação dos investimentos direcionados às medidas de adaptação climática.

Painel Plano RIo Grande sobre Ampliação dos investimentos para adaptação climática   mai25 (1)
Último painel ressaltou necessidade de se ampliarem investimentos em medidas de adaptação climática - Foto: Luís André/Secom

Texto: Iuri Müller/Ascom Serg
Edição: Secom

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