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Agroindústria de Parobé participa pela sétima vez da Expointer com doces artesanais e histórias de superação

Ligação do negócio da família com a feira se destacou a partir da edição de 2018

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Três pessoas estão sorrindo e posando para a foto dentro de um ambiente rústico, com paredes de tijolos aparentes e uma janela de madeira ao fundo. À direita, um homem veste jaqueta preta e boné escuro. Ao centro, uma mulher usa jaleco branco, touca e óculos. À esquerda, um jovem também com jaleco branco e touca preta. Atrás deles, há um cartaz com os dizeres: “A MELHOR RAPADURA DO MUNDO! – NA NOSSA OPINIÃO”, com fotos da produção e da família. À esquerda da imagem, há garrafas e uma cesta com produtos etiquetada com o preço “1KG – 15,00”. À direita, potes empilhados com tampas vermelhas.
Agroindústria familiar produz cerca de 500 rapaduras diárias - Foto: Fernando Dias

Na sua primeira participação na Expointer, em 2018, Júlio Cesar Gelinger, 50 anos, da terceira geração da agroindústria Colonial Gelinger, de Parobé enfrentava um tratamento contra um câncer de pele e lidava com a depressão. Em meio à incerteza e inquietação, surgiu a frase que marcaria seu negócio: "A melhor rapadura do mundo". 

"Gritei essa frase em frente à banca. Cinco pessoas vieram na hora. Entreguei a rapadura e disse: ‘Na minha opinião, é a melhor. Mas a sua opinião é mais importante’”, recorda. 

Júlio garante que a marca não nasceu de uma estratégia de marketing, mas da necessidade de reinventar o negócio da família e, ao mesmo tempo, cuidar da própria vida. 

Novidades para a edição deste ano 

Há sete anos, a agroindústria marca presença em todas as edições da Expointer. Em 2024, lançou a rapadura ao leite, a partir da sugestão de um funcionário. Para 2025, Júlio antecipa duas novidades: a rapadura crocante com amendoim e a rapadura ao café, ainda em fase final de testes, mas com lançamento garantido para o evento. 


A participação na Expointer mudou o rumo da agroindústria. Mais do que vendas imediatas, segundo Júlio, a visibilidade conquistada na feira abriu portas para novas parcerias, encomendas no atacado, contratos com
e-commerces e até convites para eventos fora do Estado.
 


“Muitas vezes, a gente nem imagina o resultado na hora. Mas depois da feira, começam a surgir os contatos, os pedidos. A Expointer é um divisor de águas para o pequeno produtor”, avalia.
 A produção também cresceu bastante desde 2015, ele conta.

“No começo, saíam cerca de 45 unidades por dia, cada uma com 460 gramas. Hoje, são 500 rapaduras diárias, feitas em escala familiar, mas com padrão rigoroso”, revela. 

O melado da propriedade é base de uma paçoca elogiada, vendida em potes, além da tradicional versão batida e do pé de moleque. 

“A história da família Gelinger é uma inspiração para toda a agricultura familiar gaúcha. Mostra como a força do trabalho, aliada à criatividade e à coragem de empreender, transforma dificuldades em oportunidades”, afirma o diretor do Departamento de Agroindústria Familiar da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Flávio Smaniotto. 

A cana é cultivada na lavoura de três hectares, na propriedade onde funciona a agroindústria, em Parobé. De lá vem o melado usado na produção dos doces que sustentam Júlio, a esposa, dois filhos e cinco funcionários da empresa familiar. 

Texto: Elstor Hanzen/ Ascom Seapi 
Edição: Secom 

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