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Investimentos do governo Leite revitalizam edificações históricas do Rio Grande do Sul

Diversas intervenções foram realizadas e estão sendo feitas para preservar cenários que representam a trajetória do povo gaúcho

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Foto mostra operário trabalhando no restauro da parede externa do Colégio Paula Soares, em Porto Alegre
Reforma devolveu beleza à fachada do Colégio Paula Soares, em Porto Alegre - Foto: Raquel Medeiros Araujo/Ascom SOP

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Obras Públicas (SOP), iniciou em novembro novos trabalhos para qualificação de estruturas e espaços do Arquivo Público do Rio Grande do Sul (Apers), em Porto Alegre. A obra faz parte de um conjunto de intervenções realizadas em prédios históricos do Rio Grande do Sul, desde o início da atual gestão do governador Eduardo Leite, em 2023.

Para a secretária de Obras Públicas, Izabel Matte, as melhorias demonstram como o Estado está reformado, alterando um cenário no qual a degradação dos prédios públicos era perceptível, mesmo naqueles que contam parte da história gaúcha.

“Nós miramos no futuro do Rio Grande do Sul, sem esquecermos do passado. Os prédios históricos são exemplos da caminhada que fez o Estado ser o que ele é hoje e merecem ser preservados adequadamente. Na SOP, nos orgulhamos de fazer parte desse trabalho, que traz de volta todo o esplendor de ícones da arquitetura gaúcha”, descreveu Izabel.

Desde outubro, outra obra já estava em andamento no Arquivo Público. Juntas, somam o investimento de R$ 1 milhão, para instalação de elevadores, realização de impermeabilizações e ajuste do sistema de drenagem. Anteriormente, as coberturas dos prédios 2 e 3 também passaram por restauração.

Fundado em 1906, o Arquivo Público funciona em uma área de 5,3 mil metros quadrados e é composto por três edifícios construídos entre 1910 e 1950. O conjunto foi tombado, em 1991, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae).

Além de preservar documentos, o espaço é referência para pesquisadores e cidadãos interessados na história do Rio Grande do Sul. A instituição abriga cerca de 21 milhões de documentos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de registros civis e livros notariais.

A imagem mostra a fachada de um prédio histórico, com arquitetura clássica e paredes em tom bege. As janelas são altas e arqueadas, protegidas por grades ornamentadas de ferro. A parte inferior da construção apresenta revestimento em pedra trabalhada, enquanto a parte superior exibe ornamentos e detalhes decorativos. À esquerda, parte de uma árvore florida aparece ao lado de um edifício moderno de vidro, criando contraste entre o antigo e o contemporâneo. O céu está azul com poucas nuvens.
Além de preservar documentos, o Apers é referência para pesquisadores e cidadãos interessados na história do Rio Grande do Sul - Foto: Laiz Flores/Ascom SOP

Escolas históricas

Instituições de ensino que representam o pioneirismo na educação gaúcha também estão em recuperação. Em Santa Maria, o Instituto de Educação (IE) Olavo Bilac recebeu R$ 7,2 milhões para melhorias. Desse montante, R$ 6,4 milhões garantem a revitalização de dois prédios tombados. Em obras concluídas anteriormente foram investidos R$ 827,4 mil. Com mais de 120 anos, a escola é composta por sete prédios. Os dois mais antigos, são tombados pelo Iphae, desde 2013.

O IE Oswaldo Aranha, em Alegrete, está recebendo a primeira intervenção estrutural de grande porte desde a sua criação, em 1929. O prédio, que é dividido em dois blocos, e seu ginásio, passarão por uma recuperação completa, com investimento de R$ 3 milhões. Anteriormente, outros R$ 310 mil permitiram a manutenção das estruturas.

Em Porto Alegre, o grande destaque foi a devolução do IE General Flores da Cunha à comunidade. O IE, como é conhecido, ficou fechado por uma década, com trabalhos tendo início e sofrendo interrupções e por várias vezes. Desta vez, porém, o governo do Estado colocou a obra como prioridade e concluiu o investimento de R$ 23,4 milhões, reabrindo as portas da instituição.

O prédio, inaugurado em 1935, é tombado desde 1997 pelo patrimônio municipal de Porto Alegre, como parte do Parque Farroupilha, e desde 2006, pelo Iphae. Seu interior preserva elementos arquitetônicos e artísticos que se destacam, como a pintura "A chegada dos casais açorianos", a qual ornamenta o patamar intermediário das escadarias localizadas no saguão da escola.

A chegada dos casais açorianos, de 1923   abertura do IE em Fev24
"A chegada dos casais açorianos", de 1923, retrata os primeiros portugueses a aportar no Estado - Foto: Joel Vargas/Ascom GVG

Também na capital, o Colégio Estadual Paula Soares está recebendo R$ 4,9 milhões em duas frentes de trabalho. Localizada no Centro Histórico, a edificação começou a ser construída em 1918. Em Jaguarão, prossegue a obra de estabilização da fachada do Colégio Estadual Carlos Alberto Ribas. Conhecida como Cecar, a escola funciona em um prédio construído em 1910 e tombado, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 2012, como parte do conjunto histórico e paisagístico do município. O investimento  do Estado é de R$ 489,6 mil.

Piratini e Fazenda

Prédios da administração estadual também estão em recuperação. O Palácio Piratini recebeu R$ 1,3 milhão para manutenção de suas instalações elétricas. A Secretaria da Fazenda (Sefaz) terá R$ 19 milhões investidos, entre obras iniciadas e concluídas.

Os prédios gêmeos onde funciona a Pasta estão com suas fachadas e seu pórtico em restauração, entre outras intervenções, devolvendo a eles as cores originais, descobertas após a retirada de diversas camadas de tinta que haviam sido colocadas sobre as paredes ao longo do tempo. Com arquitetura neoclássica, os edifícios foram tombados pelo Estado, em 1987.

Foto mostra prédio da Secretaria da Fazenda
Sede da Fazenda estadual passa por intervenções que somam R$ 19 milhões - Foto: Marcelo Andre Frantz/Ascom Sefaz

A construção do bloco voltado para a avenida Mauá começou em 1919 e terminou na década seguinte. Originalmente destinada à administração do Cais Mauá, com o tempo passou por ampliações, abrigando o Banco do Estado do Rio Grande do Sul e, posteriormente, a Sefaz.

A construção do segundo bloco, com frente para a Rua Siqueira Campos, iniciou-se nos anos 1930 e também recebeu ampliações ao longo dos anos. Foi ocupado por diferentes órgãos do Estado, até ser incorporado pela Fazenda, na década de 1970.

Passado e presente

No Hospital Psiquiátrico São Pedro, no bairro Partenon, entre obras concluídas, em execução e em contratação, são destinados R$ 7,9 milhões. As instalações foram inauguradas em 1884 para abrigar a primeira instituição psiquiátrica gaúcha.

O Museu da Brigada Militar recebe R$ 1,5 milhão. Inaugurado em 1910, para funcionar como Linha de Tiro da corporação, o edifício foi convertido em museu em 1987. Três anos depois, foi tombado pelo Iphae. Desde o início dos anos 2000, encontra-se fechado ao público.

“Com as obras que já realizamos e as que estão em andamento, prédios que participaram de nossa história continuarão fazendo parte do presente. Não serão apenas retratos do passado, mas lugares bonitos e qualificados para os gaúchos de hoje”, comenta Izabel.

Texto: Ariel Engster/Ascom SOP
Edição: Secom

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