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Leite entrega a CNA e Farsul Inventário Estadual de Gases de Efeito Estufa e Roteiros de Descarbonização das Cadeias Produtivas

Em Belém, governador reforçou parceria com o setor para reduzir emissões e consolidar metas de neutralidade de carbono até 2050

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Foto mostra o governador Eduardo Leite e a secretária Marjorie Kauffmann entregando documento a representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
Governador Eduardo Leite e secretária Marjorie Kauffmann, ambos ao centro, com representantes da economia primária - Foto: Mauricio Tonetto/Secom

O governador Eduardo Leite entregou, na tarde desta terça-feira (11/11), durante a COP30, em Belém (PA), o Inventário Estadual de Gases de Efeito Estufa (IEGEE) e os Roteiros para Descarbonização de Cadeias Produtivas à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e à Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). A entrega ocorreu em reunião no pavilhão AgriZone, dentro da programação oficial da conferência. A ação marcou mais um avanço do Plano Rio Grande, a estratégia estruturante de reconstrução e adaptação climática do Estado.

O governador apresentou, junto com a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, os resultados dos estudos ao presidente da comissão de Meio ambiente da CNA, Muni Lourenço, e ao presidente eleito da Farsul, Domingos Velho Lopes. O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, acompanhou o encontro.

Ciência e produção

Leite destacou que o material representa um novo patamar de integração entre ciência e produção no enfrentamento das mudanças climáticas. “Estamos entregando conhecimento transformado em política pública. O inventário e os roteiros de descarbonização mostram, com base em dados objetivos, o que já avançamos e o potencial de cada setor produtivo para reduzir emissões e alcançar a neutralidade de carbono até 2050”, afirmou.

O IEGEE atesta que o Rio Grande do Sul reduziu 23% das emissões brutas e 27% das líquidas de gases de efeito estufa nos últimos três anos. Já os roteiros de descarbonização, elaborados em parceria com o setor produtivo, avaliam cinco cadeias estratégicas (soja, arroz, pecuária bovina de corte e leite, silvicultura e petroquímica) e projetam cenários até 2050. As modelagens apontam que a cadeia da soja pode atingir a neutralidade até 2045 e que a pecuária e o arroz podem reduzir, respectivamente, 72,8% e 76,1% de suas emissões até meados do século.

“Esse é um esforço que coloca o Rio Grande do Sul na vanguarda da descarbonização da economia brasileira. Estamos nos tornando referência na construção de políticas públicas de baixo carbono ancoradas em ciência, inovação e cooperação com o setor produtivo”, destacou Leite. O governador também propôs à CNA e à Farsul a criação de um grupo de trabalho permanente, com apoio técnico do Estado e coordenação das entidades, para monitorar continuamente os dados, metodologias e práticas de mitigação, ampliando a base científica e a transparência das informações.

Foto mostra governador Eduardo Leite, ao centro de uma mesa de reuniões, conversando com três pessoas de um lado e outras três de outro.
Leite destacou esforço do Estado para estar na vanguarda da descarbonização da economia brasileira - Foto: Mauricio Tonetto/Secom

A secretária Marjorie Kauffmann reforçou que o trabalho conjunto é essencial para o alcance das metas. “O agronegócio gaúcho demonstra maturidade ao assumir o compromisso de reduzir emissões com base em evidências e dados técnicos. Estamos fortalecendo o caminho rumo a um modelo de produção mais sustentável, competitivo e resiliente”, afirmou.

No encerramento do dia, Leite ainda participa, na Zona Verde da COP30, do painel “Plano Rio Grande: estratégia de reconstrução e resiliência do Estado”, ao lado de Inamara Santos Melo, coordenadora-geral de Adaptação na Secretaria Nacional de Mudança do Clima (MMA); Mary Friel, oficial sênior de Clima da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC); Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre; Rayne Michelli Ferretti Moraes, chefe do escritório do ONU-Habitat no Brasil; e Rodrigo Corradi, secretário executivo adjunto do ICLEI América do Sul e diretor do ICLEI Brasil.

Texto: Carlos Ismael Moreira/Secom e Vanessa Trindade/Ascom Sema
Edição: Secom

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