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Leite assina contrato e autoriza início das obras de projeto pioneiro de hidrogênio verde da Tramontina, em Carlos Barbosa

Iniciativa integra política estadual de descarbonização e coloca o RS na liderança nacional da economia de baixo carbono

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Foto posada de sete homens e uma mulher de corpo inteiro, exibindo um documento assinado e sorrindo para a câmera. Um dos homens estão numa cadeira de rodas, enquanto os outros estão de pé.
Para o governador, projeto simboliza maturidade do Estado após anos de ajustes fiscais - Foto: Maurício Tonetto/Secom

O governador Eduardo Leite assinou, nesta sexta-feira (12/12), um contrato entre o governo do Estado, por meio do Badesul, e a Tramontina para a implantação do novo sistema de geração de hidrogênio verde da fábrica da empresa em Carlos Barbosa. O projeto foi um dos selecionados no edital de Desenvolvimento da Cadeia do Hidrogênio Verde (H₂V-RS), coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) em parceria com a Casa Civil, e reforça a política estadual de transição energética.

Na ocasião, foi entregue a Licença Prévia e de Instalação (LPIA), emitida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que autoriza o início das obras de construção do complexo de produção. A planta terá capacidade para gerar até 462 kg por dia de hidrogênio verde de alta pureza.

A iniciativa integra o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde do governo do Estado, no qual o Badesul é o operador do edital e realiza o acompanhamento da execução dos recursos. O projeto da Tramontina receberá uma subvenção de R$ 30 milhões por parte do governo, com contrapartida de R$ 13,5 milhões da empresa, prevista em edital.

Em sua fala, o governador afirmou que o projeto simboliza a maturidade do Estado após anos de ajustes fiscais e reforça a visão de futuro do Rio Grande do Sul. “O governo estadual só consegue liderar iniciativas como essa porque fez uma jornada de responsabilidade e organização das contas públicas. Deixamos de ser um Estado que não conseguia pagar salários e nos tornarmos um com capacidade de investir, incentivar a inovação e apoiar projetos estratégicos como o hidrogênio verde”, disse. “A transição energética representa não apenas um ganho ambiental, mas uma grande oportunidade econômica, que gera eficiência, emprego e desenvolvimento industrial, além de colocar o Rio Grande do Sul em posição competitiva no Brasil e no mundo.”

Foto de Leite, de lado, falando ao púlpito. Ele gesticula com o braço direito.
“A transição energética representa não apenas um ganho ambiental, mas uma grande oportunidade econômica", disse Leite - Foto: Maurício Tonetto/Secom

A cerimônia contou com a presença da secretária da Sema, Marjorie Kauffmann; do secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos; do presidente da Fepam, Renato Chagas; e do conselheiro-consultivo da Tramontina, Clóvis Tramontina, entre outras autoridades.

Marjorie reforçou que o programa de hidrogênio verde é uma ferramenta essencial na estratégia estadual de descarbonização. “O projeto da Tramontina consolida o Rio Grande do Sul como referência nacional na aplicação industrial do hidrogênio verde, integrando produção, armazenamento e uso em escala fabril, além de fomentar novas competências tecnológicas no território gaúcho. A entrega da licença também reforça a integração entre meio ambiente e desenvolvimento”, destacou.

O diretor Financeiro do Badesul Desenvolvimento, Robson Ferreira, frisou que, como responsável pela gestão financeira do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio Verde, o Badesul reforça sua contribuição para a estratégia do governo de promover a transição energética. “Esse movimento avança com eficiência graças a empresas como a Tramontina, referência em inovação, que se propõe a protagonizar iniciativas que vão ao encontro do desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Sobre o projeto da Tramontina

A assinatura do contrato e a entrega da licença ambiental simbolizam o início de uma nova etapa para a descarbonização industrial do Estado, unindo regulação, incentivo econômico e sustentabilidade. O projeto da Tramontina é considerado pioneiro, promovendo benefícios ambientais, tecnológicos e econômicos.

A Tramontina implantará uma planta de produção de hidrogênio verde por eletrólise da água, utilizando energia renovável certificada. Com capacidade inicial de 1,25 MW, a planta produzirá até 462 kg de hidrogênio de alta pureza por dia.

Foto de várias pessoas ao ar livre, andando no parque industrial. À frente aparecem, de corpo inteiro Artur Lemos, Leite o presidente da Tramontina (sentado na cadeira de rodas) e Marjorie Kauffman.
Após o ato de assinatura do contrato, foi realizada uma visita técnica no parque industrial da Tramontina - Foto: Maurício Tonetto/Secom

“O apoio do governo é muito importante. Com esse projeto, a parte veicular da fábrica será movida a hidrogênio verde, um ganho importante na redução das emissões. Mais do que uma iniciativa tecnológica, é uma decisão de futuro”, afirma o presidente da empresa, Clóvis Tramontina.

O hidrogênio será utilizado para converter a frota de empilhadeiras e veículos industriais dentro da planta, eliminando emissões de Dióxido de Carbono (CO₂) no transporte interno. Parte da produção também abastecerá fornos industriais atualmente movidos a hidrogênio cinza. A expectativa é reduzir 99,89 toneladas de CO₂ equivalente por ano.

Após o ato de assinatura do contrato, foi realizada uma visita técnica à área destinada ao complexo do Hidrogênio Verde no parque industrial da Tramontina. 

Este foi o segundo contrato com empresas contempladas pelo edital. O primeiro foi assinado com a Be8, em novembro, durante a COP30, em Belém. 

Texto: Tamires Tuliszewski/Ascom Sema
Edição: Secom

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