Greve não afetou aulas na maior parte das escolas estaduais
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A greve do Magistério, deflagrada na última sexta-feira (26), não prejudicou as aulas na maioria das escolas da rede pública estadual, que estiveram abertas normalmente nesta segunda-feira. Segundo o secretário José Fortunati, levantamento preliminar, realizado pelas Coordenadorias Regionais de Educação, demonstra a maturidade da categoria. Os professores e servidores de nossas escolas mostraram, nesta segunda, que é possível lutar por suas reivindicações, sem prejudicar o restante da comunidade escolar, afirmou, ressaltando que no índice de adesão no Estado variou entre 5% e 30%. No caso das 28 escolas agrícolas estaduais, não ocorreram paralisações, de acordo com a Superintendência da Educação Profissional (Suepro). Em Porto Alegre, 243 escolas, de um total de 253, contatadas pela Divisão Porto Alegre (DPA), 92,6% optaram pelo cumprimento do calendário escolar, com aulas normais. Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Olinto de Oliveira, no bairro Cidade Baixa, todos os 30 professores que lecionam na instituição de ensino, que atende cerca de 500 alunos, estavam em aula nesta manhã. Conforme a diretora da escola, Olga Britto, os docentes não aderiram à greve porque entendem que este não é o momento de paralisar. Não estamos satisfeitos com a questão salarial, mas percebemos que o Governo do Estado não tem condições de estar concedendo o reajuste neste momento, principalmente, por causa da falta de recursos. Ninguém ganha com a greve. Os professores e o Governo ficam desgastados e os pais e os alunos são prejudicados, destacou a diretora. Fortunati reiterou seu pedido aos pais para que continuem levando os filhos às escolas. Os diretores eleitos nas 3.041 escolas da rede pública estadual sabem das suas responsabilidades legais perante a comunidade escolar, enquanto gestores de um aparato público. Assim sendo, nossas instituições de ensino continuarão abertas para receber os estudantes e os professores que não desejarem a paralisação, enfatizou. Além de abrir as escolas, os diretores devem controlar o ponto de seus professores e servidores, para que as aulas perdidas possam ser recuperadas após o dia 02 de janeiro de 2005. Na tentativa de que a parcela grevista dos professores retorne suas atividades, Fortunati e o governador Rigotto reuniram-se hoje para analisar a pauta de reivindicações do Magistério. Ainda esta semana, deve ocorrer encontro entre o comando de greve e o Governo, na busca de soluções possíveis diante da grave crise financeira enfrentada pelo Estado, que não permite reajustes salariais.