Governo libera verbas para hospitais e concede 14º salário para agentes comunitários
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Os hospitais de Alvorada, Cachoeirinha e Caxias do Sul receberam, nesta sexta-feira (7), verbas do governo estadual. O repasse de verbas foi concedido em solenidade no auditório do Centro Administrativo do Estado, quando o governo através da Secretária da Saúde, assinou convênio destinando verbas para os três hospitais. Além dos convênios, os agentes comunitários receberam uma boa notícia: em virtude de o Rio Grande do Sul ter reduzido a mortalidade infantil, batendo recorde, eles vão receber um salário mínimo, 14º salário, como prêmio por sua atuação. Ao agradecer aos trabalhadores na área de saúde do Rio Grande do Sul a governadora Yeda Crusius disse que a prioridade dentro do Orçamento do Estado é a saúde. Mesmo em um orçamento restrito como o nosso. Devemos buscar junto com o governo federal programas que são importantes e já estamos fazendo isso com a educação e a segurança pública, disse Yeda. A governadora destacou que é preciso celebrar os convênios - como os assinados hoje - com os hospitais e que permitem que a saúde seja acessível aos moradores dos municípios sem que tenham que ir para outras localidades. Principalmente, devemos saudar os servidores anônimos que têm contribuído para colocar o Estado em situação exemplar. Ao me comprometer a dar o 14º salário para os agentes comunitários eu sabia com que servidores poderia contar, acrescentou Yeda. A governadora salientou ainda que a regionalização da saúde é uma das medidas do governo estadual já colocadas em prática pelo governo. É possível graças aos servidores públicos que, com medidas de economia adotadas, estão possibilitando que sejam mantidas as quotas mensais para a saúde. Yeda ressaltou a importância do programa Primeira Infância Melhor (PIM), que foi adotado pelo governo federal, embora com outro nome. O programa, conforme Yeda, combinado com trabalhos desenvolvidos por outras secretarias e também pelo Comitê Contra a Violência, tem sido responsável pela queda do índice de mortalidade infantil. O programa combate também a violência, que é resultado de vários fatores, como o exemplo em casa, a violência em sociedade, a impunidade, os direitos desrespeitados. Ou seja, a violência é produto de uma sociedade doente e, portanto, deve ser tratada como questão de saúde pública, o que já vem sendo feito pela equipe do secretário Osmar Terra, afirmou Yeda. Yeda Crusius reafirmou que, a partir do dia 1º deste mês, o governo assinaria medidas inovadoras. Demorou um ano para que isso ocorresse, optamos para que os primeiros meses de nosso governo fosse de gestação e parto, e no dia 1º de dezembro começamos a celebrar o nascimento de nossa criança: a recuperação do Rio Grande do Sul. O Estado acaba de ganhar o segundo selo internacional de confiança. O primeiro foi com relação ao Banrisul - quando os investidores compraram ações sem direito a voto e agora o Banco Mundial concedeu U$ 1 bilhão pela primeira vez para um Estado, ao aceitar o plano de recuperação do Rio Grande do Sul, comemorou. Convênios Estamos aqui para avançar no processo de parceria com os hospitais e, é bom ressaltar que no plano plurianual, a saúde é o único setor que tem aumento, destacou o secretário Osmar Terra. De acordo com o secretário, são 12 parcelas mensais de R$ 715 mil destinados aos hospitais de Alvorada e de Cachoeirinha, além de seis parcelas mensais de R$ 1,257 milhão para o hospital de Caxias do Sul o que significa cerca de R$ 24,7 milhões para essas três instituições, explicou. Segundo Terra, os recursos destinados aos três hospitais são provenientes do Tesouro do Estado, é uma verba a mais para garantir o funcionamento dos hospitais em Alvorada, Cachoeirinha e Caxias do Sul. Mesmo na situação terrível das finanças estaduais, o governo vai continuar honrando este compromisso de manter os hospitais. Os convênios estavam encerrando e hoje foram renovados, enfatizou Terra. Conforme o secretário, os três hospitais são administrados por instituições não-governamentais - como o Instituto e Fundação Universitária de Cardiologia, responsável pelos hospitais de Alvorada e Cachoeirinha e em Caxias do Sul, pela Fundação Universitária de Caxias. CPMF O secretário da Saúde abordou durante a assinatura do convênio com os hospitais de Alvorada, Cachoeirinha e Caxias do Sul, a questão da CPMF. O orçamento da Saúde está muito aquém das necessidades, observou Terra. Segundo ele, a Argentina, que tem uma proposta para a saúde muito menos abrangente que o SUS tem o dobro de recursos per capita que tem o Brasil. Esperamos que junto com a aprovação da CPMF e da emenda 29 que trata do financiamento dos recursos da Saúde, seja colocada toda a arrecadação da CPMF para a Saúde, pois afinal foi para isso que o imposto foi criado, acrescentou. Terra disse que se a CPMF não for aprovada vai piorar muito a situação da saúde no país.