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Estado assina memorando de entendimento com a empresa Begreen para construção de três unidades produtoras de hidrogênio verde

O acordo para produção de energia renovável é mais uma passo no processo de transição energética do RS

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Meio Ambiente Infraestrutura ao centro, logo abaixo de um ícone formado por uma imagem do globo terrestre envolvido por um galho de planta com duas folhas em uma das ponta e na parte superior do globo. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), deu um passo importante na sua jornada de transição energética ao assinar um Memorando de Entendimento com a Begreen Bioenergia e Fertilizantes Sustentáveis. O acordo, divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE-RS) na quarta-feira (11/9), marca o início de uma parceria estratégica para a construção de três fábricas que irão produzir hidrogênio verde (H2V) e amônia (NH3). O projeto poderá aumentar a autonomia do Estado na produção de fertilizantes, reduzindo a importação de insumos agrícolas.

O projeto integra uma estratégia mais ampla dos Projetos Estruturantes do Plano Rio Grande. A iniciativa visa desenvolver a cadeia produtiva de H2V, impulsionando a inovação, promovendo a economia de baixo carbono e atraindo investimentos, como explica a titular da Sema, Marjorie Kauffmann.

O investimento total previsto para as fábricas é de aproximadamente R$ 150 milhões, e a capacidade de produção será de 8 mil toneladas anuais de amônia. As fábricas serão instaladas em Passo Fundo, Tio Hugo e Condor,. As duas primeiras estão em fase de licenciamento ambiental, ao passo que terceira está em processo de regularização imobiliária. 

Com a expectativa de gerar aproximadamente 120 empregos diretos durante a construção das fábricas e cerca de 30 empregos permanentes para manutenção, as primeiras fábricas começarão a operar até 2027.  

O diretor de operações da Begreen, Luiz Paulo Hauth, destacou que os projetos estão alinhados com a rápida expansão global do hidrogênio de baixo carbono. Ele mencionou os dados da Agência Internacional de Energia (IEA) prevendo que a capacidade de hidrogênio verde alcançará 420 GW até 2030, representando um aumento significativo em relação aos atuais 2 GW.

De acordo com diretor do Departamento de Energia da Sema, Rodrigo Huguenin, as novas instalações da Begreen reforçam os objetivos estratégicos do Estado, que é signatário de compromissos globais para uma transição energética de descarbonização, conforme estabelecido pelo Programa Estadual de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do H2V.

Amônia verde

O fertilizante nitrogenado fabricado a partir de hidrogênio e nitrogênio obtidos de fontes renováveis oferece uma alternativa sustentável à amônia convencional. No Brasil, onde mais de 80% dos fertilizantes são importados, a produção local desse fertilizante utilizando energia renovável pode reduzir a dependência de importações e ajudar a diminuir as emissões de gases do efeito estufa (GEE).

Seu uso nas lavouras gaúchas pode trazer melhorias significativas para culturas como a da soja, do milho e do trigo. Ao evitar o uso de combustíveis fósseis e a emissão de gases poluentes, a amônia verde promove um crescimento mais saudável das plantas e contribui para a qualidade do solo. A prática pode reduzir custos a longo prazo e resultar em safras mais produtivas, favorecendo uma agricultura mais sustentável.

Empresas parceiras do Programa H2V-RS

  • White Martins
  • Enerfin
  • Ocean Winds
  • Neoenergia
  • Prefeitura de Rio Grande
  • Green EN.IT e Ventos do Atlântico Energia Eólica
  • CMPC
  • Equinor-Portos RS
  • CPFL Energia
  • Arpoador Energia
  • Mitsubishi Power

Texto: Ascom Sema
Edição: Secom

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