Especialistas apontam alternativas para a reindustrialização do país
Publicação:

Reunidos para o penúltimo debate do Fórum Desenvolvimento, Inovação e Integração Regional, promovido pelo jornal espanhol El País, especialistas apresentaram nesta sexta-feira (6), na Capital, alternativas para a reindustrialização do país. Presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Ivan De Pellegrin reconheceu a importância da inovação nos programas setoriais do Governo do Estado e garantiu que o Rio Grande do Sul passou por três grandes mudanças no setor a partir de 2011: tecnológica, organizacional e institucional.
Ao destacar a criação de grupos de trabalho setoriais para reforçar a competitividade do Estado, De Pellegrin afirmou aos outros participantes do painel - o diretor de Relações Institucionais da Firjan, o ex-ministro Márcio Fortes de Almeida, e o CEO do Global Urban Development, Marc Weiss - que a desindustrialização do RS era uma questão trazida com frequência por empresários ao Executivo. "Com a revisão da política industrial que fizemos, faz três anos que não ouvimos mais queixas sobre o tema".
De Pellegrin atribuiu a mudança no cenário econômico principalmente à inovação institucional, com a criação da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) e da AGDI. "A grande mudança que o RS experimentou foi a institucional, fundamentada na nova diretriz política, que envolve desenvolvimento com inclusão social". Márcio Fortes explicou que existem alternativas às empresas que precisam investir no setor, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: "Temos que utilizar os caminhos que existem, como esses ligados ao crédito".
No setor de biotecnologia, Marc Weiss defendeu a construção de parcerias para o desenvolvimento tecnológico e a necessidade de o país promover uma transformação cultural. Weiss citou o exemplo da Califórnia, que na década de 80 iniciou uma verdadeira transformação na área, impulsionando os centros de inovação naquela região. Passadas três décadas, o Estado expandiu o número de empresas e é referência no setor.
Texto: Felipe Bornes Samuel
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305