O papel estratégico das instituições financeiras de desenvolvimento e do cooperativismo na promoção de uma economia mais justa e sustentável, em especial diante das mudanças climáticas, marcou as discussões do Fórum Debate ABDE – Edição Sul, realizado nesta quarta-feira (8/10), em Porto Alegre. O encontro nacional reuniu autoridades públicas, bancos de desenvolvimento, agências e cooperativas de crédito de todo o Brasil que integram o Sistema Nacional de Fomento (SNF) e atuam no financiamento de projetos estratégicos para o fortalecimento das economias regionais.

Parte da série de eventos organizados pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) em diferentes regiões do país, o encontro na capital gaúcha teve a correalização do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O BRDE é vinculado ao Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

Na abertura do fórum e representando o governador Eduardo Leite, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, valorizou a realização do debate no Rio Grande do Sul, que nos últimos anos vem enfrentando eventos meteorológicos extremos, os quais estão impactando a economia. “Estamos em processo de reconstrução, e a articulação das instituições financeiras e dos bancos de fomento com o setor público é fundamental para que possamos nos tornar mais bem preparados para eventuais novas ocorrências”, destacou.

O diretor da ABDE e presidente da Sicredi, César Gioda Bochi, ressaltou a necessidade de mecanismo para ampliar o volume de crédito operado pelas instituições que integram o Sistema de Fomento, em especial para financiar o setor primário. “Operamos mais de 80% do crédito rural, mas estamos limitados por questões fiscais para ampliar o volume financiado. Precisamos de uma gestão aprimorada dos riscos, com seguros e garantias diante dos eventos climáticos”, disse.

Já o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, enalteceu a importância do incentivo ao desenvolvimento regional realizado pelos bancos de fomento e pelas cooperativas com foco em projetos de sustentabilidade. “O Rio Grande do Sul enfrenta, de forma muito intensa, os efeitos das mudanças do clima. Em maio de 2024, vivemos a maior catástrofe climática da nossa história. Tivemos também anos de estiagens severas, que impactaram fortemente a economia, os negócios e a arrecadação, além de provocar o deslocamento de habitantes para outros Estados", recordou. "Por isso, o trabalho conjunto entre as instituições de fomento é tão importante para impulsionar uma reconstrução sustentável e resiliente."

O evento ocorreu no Salão Nobre da Catedral Metropolitana, no Centro Histórico, e contou também com as participações do presidente do Badesul, Claudio Gastal, e do diretor de Desenvolvimento do Banrisul, Fernando Postal.

_{Texto: Ascom BRDE
Edição: Secom}