Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Secretários de Estado debatem processo de transição energética justa no Tá Na Mesa, da Federasul

Marjorie Kauffmann e Ernani Polo falaram sobre potencialidades e desafios do setor

Publicação:

Secretários de Estado debatem processo de transição energética justa no Tá Na Mesa, da Federasul 2025
Participantes reforçaram papel da mineração do RS como motor de crescimento socioeconômico baseado na sustentabilidade - Foto: Alexandre Farina/Ascom Sedec

Com o tema “Desafios e oportunidades da segurança mineral brasileira”, o Tá Na Mesa, tradicional reunião-almoço promovida pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), abordou a mineração no Estado nesta quarta-feira (8/10). Os titulares das secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, e de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, foram palestrantes no evento.

A palestra, acompanhada por autoridades políticas e empresariais e pela imprensa, reforçou o papel da mineração gaúcha como motor de crescimento socioeconômico baseado na sustentabilidade. Também participaram o engenheiro de minas e diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Julio Cesar Nery Ferreira, e o geólogo e ex-diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Hugo Froner Bicc.

Com uma produção forte em ouro, cobre e minério de ferro, o Rio Grande do Sul vem consolidando sua posição como um dos principais Estados na indústria mineral, ocupando a nona posição entre os produtores de minerais e a segunda em número de minas/unidades, produção de carvão mineral e de água mineral. O RS também tem relevância na produção de gemas, aparecendo no quarto lugar no ranking nacional.

Dados do setor

A mineração do RS contribuiu com 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2024 – o que posiciona o Estado como o 11º do país em arrecadação na indústria mineral, com faturamento de R$ 270 bilhões no último ano. Estima-se que o setor gere 200 mil empregos diretos e 800 mil indiretos.

No mercado interno, calcário, areia, brita e argila são utilizados em áreas como construção civil, agricultura e indústrias. A produção de carvão mineral abastece, principalmente, as termelétricas localizadas no RS.

Ernani Polo   Secretários de Estado debatem processo de transição energética justa no Tá Na Mesa, da Federasul
“A mineração tem potencial para gerar muitos empregos e renda", disse Polo - Foto: Alexandre Farina/Ascom Sedec

No mercado externo, o destaque vai para as rochas ornamentais – como granito e mármore — e as gemas, cujos principais destinos são Estados Unidos, Alemanha, Japão, Itália e Bélgica. Em 2024, a exportação total foi de R$ 93 bilhões – um crescimento de 3,6% em relação a 2023.

Para o titular da Sedec, a visão sobre a mineração gaúcha precisa de um reposicionamento, para que o setor seja compreendido como estratégico. “A mineração é uma das prioridades do governo. Na iniciativa 38 do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, no habilitador de Recursos Naturais, está contemplada, por exemplo, a Transição Energética Justa para as Regiões Carbonífera e da Campanha. Já estamos trabalhando com todos os atores envolvidos por meio de um grupo de mineração criado em 2023”, destacou. “A mineração tem potencial para gerar muitos empregos e renda, e defendemos que a atividade seja desempenhada com sustentabilidade – exigência que torna o segmento um dos caminhos para a transição energética justa”.

A mineração tem presença transversal nas quatro economias do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável do RS. A atividade fornece insumos essenciais à Economia de Manutenção; é elemento-chave da transição energética na Economia de Sustentação; contribui com soluções sustentáveis e fertilizantes naturais na Economia de Ascensão; e projeta o Estado em cadeias de inovação e tecnologia por meio dos minerais críticos e estratégicos.

Mineração e transição energética

O plano dialoga com o Programa ProClima 2050 e com a Transição Energética Justa das Regiões Carboníferas, em elaboração pela Sema e pela Sedec, que buscam alinhar a exploração mineral a uma agenda de descarbonização, inovação e reindustrialização verde. Um dos objetivos é fortalecer o papel da mineração como alicerce para uma economia mais sustentável e competitiva.

Marjorie   Secretários de Estado debatem processo de transição energética justa no Tá Na Mesa, da Federasul
"A mineração sustentável é possível e necessária dentro de uma economia que busca a neutralidade de carbono", afirmou Marjorie - Foto: Igor de Almeida/Ascom Sema

“A mineração no Rio Grande do Sul é conduzida com responsabilidade e sob o mais absoluto rigor técnico e ambiental. Todas as licenças concedidas pelo Estado seguem critérios sólidos, amparados pela legislação e em análises criteriosas que asseguram a sustentabilidade das operações”, explicou Marjorie. “Nosso compromisso é garantir que o desenvolvimento econômico caminhe lado a lado com a proteção dos recursos naturais e com a segurança das comunidades. A mineração sustentável é possível e necessária dentro de uma economia que busca a neutralidade de carbono e a transição energética justa.”

A Agenda ProClima 2050 estabelece o compromisso do RS com a neutralidade de carbono e a promoção de um modelo de desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, a mineração vem se consolidando como um setor alinhado às diretrizes ambientais do Estado, investindo em inovação, eficiência energética e práticas de recuperação de áreas degradadas.

Texto: Ascom Sedec e Ascom Sema
Edição: Secom

 

Portal do Estado do Rio Grande do Sul