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Casa Civil promove oficinas para estimular e qualificar o uso da inteligência artificial na gestão pública

Iniciativa em parceria com TCE e TJRS marca o início das atividades do laboratório de inteligência do órgão

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Uma foto em um ambiente interno de um evento ou palestra, provavelmente pela manhã, como sugere o título do arquivo.

Em primeiro plano, a plateia está sentada em cadeiras escuras, com foco nas costas e na parte de trás da cabeça das pessoas, que estão assistindo à apresentação. O público é composto por homens e mulheres.

Ao fundo, em pé, em frente a uma mesa comprida de cor bege com detalhes em laranja, dois palestrantes estão falando. O homem à esquerda veste um blazer bege claro e segura o que parece ser um celular ou controle remoto. A mulher à direita veste uma blusa verde-água e um blazer branco.

Acima deles, uma tela de projeção exibe um slide com texto, a palavra "Palestra:" visível, e logotipos de organizações, incluindo "LABI" e "Fepam". O ambiente é formal, com paredes claras, grandes janelas à esquerda e à direita, e duas bandeiras em mastros à direita da tela, uma delas do Estado do Rio Grande do Sul.
"A IA faz parte do nosso cotidiano e sua utilização ética é necessária", diz o secretário-executivo da Casa Civil, Paulo Pereira - Foto: Gustavo Mansur/Ascom Casa Civil

A Casa Civil promoveu, nesta quinta-feira (23/10), as primeiras oficinas práticas da ação Ágora: vozes do futuro. As atividades têm o objetivo de estimular reflexões e identificar aplicações concretas de inteligência artificial (IA) na administração pública.

Voltados neste momento inicial aos servidores da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE), os encontros inauguram o eixo temático dedicado à IA dentro do projeto Ágora. As oficinas integram uma série de iniciativas e boas práticas coordenadas pelo Laboratório de Inteligência da Casa Civil (CCX Labi), instituído recentemente pelo Decreto 58.412/2025, que normatiza a nova estrutura organizacional da pasta. O CCX Labi tem como o propósito estimular o uso de dados e inteligência para transformar o governo conectando conhecimento e estratégia na gestão pública.  

A proposta do Ágora – do grego, local de encontro – é consolidar um espaço permanente de diálogo e reflexão sobre o futuro e a inteligência da gestão pública no Rio Grande do Sul. A ação integra a iniciativa de criação e implementação do Programa de IA no RS, que faz parte do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável do Estado, lançado em outubro de 2024.

“A IA já faz parte do nosso cotidiano e sua utilização ética é necessária. Desde a reestruturação organizacional da Casa Civil até a criação do CCX Labi, passando pelo Ágora, o que queremos é promover reflexão, aprendizado e protagonismo entre os servidores, gerando valor público”, destaca o secretário-executivo da Casa Civil, Paulo Roberto Dias Pereira.

Teoria e prática

Durante as oficinas realizadas nesta quinta, os servidores realizaram atividades práticas de diagnóstico e mapeamento de processos, identificando gargalos e sugerindo possibilidades de aplicação da IA. A metodologia foi desenvolvida pelo CCX Labi, utilizando a IA na construção coletiva assistida. 

Uma foto em um ambiente interno de um evento ou palestra. A sala é iluminada e tem paredes claras. Em primeiro plano, a plateia está sentada em cadeiras pretas de plástico, voltada para a frente. O público é composto por homens e mulheres de várias idades. Algumas pessoas estão segurando celulares ou câmeras.

Na frente da sala, em pé, três palestrantes estão diante de uma mesa de madeira e um monitor de tela plana. O homem à esquerda veste um blazer bege claro. As duas mulheres ao lado dele estão vestidas de preto e gesticulam enquanto falam ou apresentam.

Ao fundo, na parede, há três banners pendurados. Os banners têm cores e logotipos que promovem a "Universidade da Sustentabilidade" e outros temas relacionados, incluindo o nome "Fórum Nacional das Cidades". Há também um ar-condicionado instalado no alto da parede. A atmosfera é de um evento formal de networking ou aprendizado.
À tarde, oficina foi com servidores da OGE: uso da IA para prospectar novas formas de escutar o cidadão - Foto: Gustavo Mansur/Ascom Casa Civil

A oficina realizada com a equipe da Fepam teve como foco aperfeiçoar e integrar a IA no processo de licenciamento e fiscalização ambiental executada pela pasta. Já na atividade direcionada à OGE, a abordagem foi sobre o uso da tecnologia para o aprimoramento do tratamento de denúncias, manifestações e pedidos de informação recebidos pelo órgão.  

“A oficina representa um passo importante para fortalecermos nossa equipe e modernizarmos a atuação da OGE. Refletir sobre o uso da inteligência artificial nos ajuda a enxergar novas formas de escutar o cidadão e os servidores, aprimorar nossos processos e transformar dados em conhecimento. É um momento de aprendizado coletivo que reforça nosso compromisso com eficiência e ética na gestão pública”, explica a ouvidora-geral do Estado, Viviane Migliavacca.  

“A iniciativa traz um tema fundamental para o futuro da gestão ambiental. Discutir o uso da inteligência artificial em licenciamento e fiscalização mostra visão de futuro e nosso compromisso com processos mais ágeis, transparentes e eficazes, reforçando o papel da Fepam como referência em sustentabilidade e em soluções inteligentes para o meio ambiente”, afirma o diretor-presidente da Fepam, Renato das Chagas e Silva.

Estudo de caso como inspiração

Os encontros também contaram com palestra de abertura e apresentação de casos de sucesso por representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) e do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que demonstram como soluções de IA vêm sendo aplicadas em processos de controle e gestão. Os exemplos têm como foco conectar problemas reais a soluções de IA que gerem valor público com responsabilidade e ética.

“Essas oficinas marcam o início de uma jornada de aprendizado coletivo. Nosso propósito é criar um ambiente de experimentação e colaboração, onde os próprios servidores identifiquem oportunidades reais para aplicar a inteligência artificial em benefício da sociedade”, acrescenta Pereira.

As ações do Ágora fazem parte de uma estratégia mais ampla de fortalecimento da cultura da integridade e inteligência no Rio Grande do Sul. O programa busca consolidar espaços permanentes de diálogo, aprendizado e colaboração entre diferentes órgãos e setores, fomentando uma gestão pública mais ágil, transparente e direcionada a resultados.

Texto: Mariana Fontana/Ascom Casa Civil
Edição: Secom

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