Após oito anos atendendo ao público na Casa de Cultura Mario Quintana, a Biblioteca Pública do Estado volta para a antiga sede da instituição, o casarão da Rua Riachuelo, no Centro Histórico de Porto Alegre. Nesta segunda-feira (14), o governador José Ivo Sartori, acompanhado do secretário da Cultura, Vitor Hugo Alves da Silva, entregou o prédio restaurado à população do Rio Grande do Sul.

Após uma visita guiada pela unidade, Sartori referiu-se ao projeto: "Hoje devolvemos à sociedade um patrimônio histórico, um lugar para os apaixonados pela leitura, um projeto viabilizado porque muitas mãos se uniram. Aqui tem a memória da produção literária do Rio Grande", disse o governador.

Para o secretário Vitor Hugo muito esforço foi feito para liberar o prédio. "Como secretário me incomodava passar por aqui e ver a Biblioteca Pública fechada. Temos o compromisso de manter a tradição e inovar em função das demandas dos tempos modernos, portanto é uma satisfação enorme entregar para a comunidade esse local revitalizado”, concluiu.

O local histórico construído entre 1912 e 1922 volta a receber o acervo de cerca de 240 mil itens para consulta.  Os frequentadores encontrarão restaurados o piso dos três andares e as aberturas com vidros coloridos, agora resistentes à ação dos cupins, a parte elétrica e hidráulica renovadas com preparo para instalação de sistema de ar-condicionado e uma novidade, disponibilidade de wi-fi para os usuários.

O trabalho de restauro respeitou as características históricas. A obra foi financiada com R$ 2,55 milhões do BNDES, obtidos por meio da Lei Rouanet, além de complementação no valor de R$ 65 mil do Sinduscon-RS. A Biblioteca Pública possui cerca de 8 mil sócios ativos, que pagam uma anuidade simbólica de R$ 5. O retorno do atendimento será a partir desta terça-feira (15), às 9h.

"Isso aqui é um templo", disse o escritor gaúcho Walter Galvani que começou a escrever suas obras nas dependências da Biblioteca. Participaram do evento a secretária de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori, o secretário de Educação, Vieira da Cunha e a ativista cultural, Margareth Moraes, representando o Ministério da Cultura.

Texto: Anamaria Bessil
Edição: Denise Camargo/Secom