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Votorantim confirma a Rigotto investimento de R$ 100 milhões em 14 municípios da Metade Sul

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Governador Germano Rigotto anuncia investimentos nos municípios da Metade Sul do Estado feito pela Votorantim Celulose e Papel (VCP). Na foto: diretor-presidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP), José Luciano Penido e o governador Germano Rigotto.
Votorantim - Foto: Nabor Gourlat/Palácio Piratini
O governador Germano Rigotto recebeu hoje (19) do diretor-presidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP), José Luciano Penido, a confirmação de investimento de R$ 100 milhões neste ano para a implantação de base florestal na Metade Sul do Estado. O empreendimento será executado pela empresa Erva-Mate Agroflorestal, recém-constituída pela VCP. Estão sendo adquiridos 40 mil hectares de terras em 14 municípios do Rio Grande do Sul num raio de 200 quilômetros entre Rio Grande, Bagé e o norte do Uruguai para implantação de viveiro com capacidade para 30 milhões de mudas de eucalipto/ano e 500 mil de flora nativa/ano. Até o final do ano serão gerados 800 novos empregos diretos e 2,5 mil indiretos. A VCP plantará 11 mil hectares neste ano e 15 mil hectares em 2005. O ciclo do eucalipto -corte e industrialização - é de sete anos. Cerca de 35% das terras adquiridas pela empresa serão preservadas com vegetação nativa. Há o compromisso de implementar um programa de fomento e técnicas de agrosilvicultura. Elas permitirão a produção de eucalipto em convívio com as culturas da região, auxiliando na fixação do pequeno produtor no campo e também preservando a economia local. O projeto transfere a tecnologia ao produtor na geração de florestas de alta qualidade, além das que serão plantadas pela própria empresa. Técnicos da VCP fizeram uma intensa pesquisa de prospecção para a escolha da área entre o Brasil, América do Sul e Sudeste Asiático. Escolha Germano Rigotto destacou que a aposta da VCP pelo Estado terá como resultado o retorno positivo do investimento. Os assentados e pequenos produtores da Metade Sul terão novas oportunidades de renda e crescimento. O setor agroflorestal é um dos alavancadores do desenvolvimento da Metade Sul, que já comemora a vinda de dois estaleiros, afirmou. De acordo com Rigotto, o segmento florestal responde por 3,5% do Produto Interno Bruto do Estado e 5% da geração do ICMS. Entre os anos 2002/2003 o setor exportou US$ 230 milhões, com destaque para a área moveleira. Segundo o diretor-presidente da VCP, José Luciano Penido, a escolha pela Metade Sul deveu-se à boa logística, porto, trabalhadores e povo competentes, além do bom clima. É tudo para construir um futuro promissor para o Rio Grande do Sul. Penido disse que vieram somar como mais um aliado ao desenvolvimento econômico do povo do Rio Grande do Sul. Não buscamos só o resultado econômico, mas também o ambiental e a construção de uma melhor qualidade de vida à população do Estado. Assinalou ainda que a VCP não tem interesse em grandes latifúndios e, por isso, adquiriu áreas em 14 municípios. O nome da empresa, Erva-Mate Agroflorestal, foi em homenagem à árvore símbolo do Rio Grande do Sul, explicou Penido. Meta Rigotto informou que a cadeia produtiva do segmento florestal, reunida no Comitê da Base Florestal, fixou como meta dobrar as florestas plantadas no Rio Grande do Sul. O objetivo é o aumento do faturamento geral dos atuais US$ 3,5 bilhões/ano para de US$ 10 bilhões duplicando o número de empregados de 200 mil para 400 mil pessoas. Mas para o governador, o importante é a vinda da tecnologia do projeto inovador da VCP. Entre as fileiras de eucaliptos, plantadas mais espaçadamente, pode ser cultivado arroz nos primeiros dois anos, soja nos outros dois anos e, em três anos, pode ser criado o gado, detalhou Penido. Na próxima sexta-feira (23), a Caixa RS - Fomento Econômico e Social lançará o programa Pró-Flora Caixa-RS, que se integra ao projeto da VCP. Rigotto adiantou que se trata de um programa de financiamento florestal que se integra a todos os investimento da VCP, principalmente na agrosilvicultura. O pequeno produtor e assentados terão uma nova renda pelos incentivos da VPC e do governo via Caixa RS. Na análise do governador este é mais um investimento pesado e diferenciado para a Metade Sul. O primeiro viveiro de mudas será implantado na região de Pedro Osório, adiantou o diretor-presidente da VCP. Prefeitos Em nome dos 14 municípios da Metade Sul, o presidente da Associação Gaúcha dos Municípios da Zona Sul, João Carlos Furtado, assinalou que o momento é histórico para a região. O governador Rigotto e a Votorantin estão proporcionando a esta área do Rio Grande a oportunidade de crescimento e desenvolvimento, permitindo às administrações públicas oferecer melhor qualidade de vida à população. Segundo Furtado, até que enfim as promessas de muitos anos estão sendo hoje concretizadas. Sempre fomos uma região economicamente relegada somente ao arroz, pecuária e soja, mas agora o que muitos prometiam está acontecendo. Isso vai mudar a região para melhor. Os municípios nos quais haverá investimentos são: Jaguarão, Arroio Grande, Herval, Rio Grande, Pedro Osório, Aceguá, Cerrito, Pedras Altas, Capão do Leão, Pelotas, Candiota, Pinheiro Machado, Piratini e Bagé. VCP Empresa do grupo Votorantim, a VCP tem quatro fábricas em São Paulo - Jacareí, Luiz Antônio, Piracicaba e Mogi das Cruzes. Produz 1 milhão de toneladas de celulose/ano e 600 mil toneladas de papel. A empresa gera 4 mil empregos diretos e outros 4 mil empregos indiretos. As suas exportações são destinadas para 50 países. O faturamento bruto da empresa no ano passado foi de R$ 3 bilhões. Após três, quatro anos de investimento da base florestal conversamos sobre os desdobramentos adicionais posteriores para adicionar mais valor à madeira, garantiu o presidente. Participaram da cerimônia, no salão Alberto Pasqualini, o diretor técnico industrial da VCP, Francisco Valério, o gerente da VCP Florestal, José Maria Arruda Mendes Filho, o secretário Meio Ambiente, José Alberto Wenzel, o presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental, Cláudio Dilda, prefeitos da Metade Sul, o presidente da Caixa RS - Fomento Econômico e Social, Dagoberto Godoy, e empresários do setor florestal.
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