Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Termelétrica de Piratini entra em operação comercial

Publicação:

A Usina Termelétrica de Piratini, localizada no município de Piratini, em funcionamento experimental desde dezembro de 2001, já está operando comercialmente desde a última terça-feira (1º). Os gaúchos, em especial a população da região Sul do Estado, passam a contar, em definitivo, com mais uma fonte geradora de energia elétrica. A usina, capacitada para produzir 10 MW (megawatts), capaz de abastecer 10 mil residências, utiliza-se de resíduos de madeira, provenientes das indústrias madeireiras da região. A estimativa é de que sejam consumidas, por ano, cerca de 160 mil toneladas de resíduos. O complexo gerador, que teve investimentos na ordem de R$ 10,5 milhões, é o primeiro a ser concluído, dentro de um projeto que prevê a instalação de outras dez Pequenas Centrais Termelétricas (PCTs) no Rio Grande do Sul, através da utilização da biomassa (resíduos de madeira e casca de arroz). O montante a ser aplicado nesses empreendimentos gira em torno de R$ 100 milhões. A CEEE tem o compromisso de adquirir 100% da energia gerada na Usina de Piratini, o que permite aumentar a disponibilidade e a confiabilidade no sistema elétrico gaúcho. Segundo Marco Adiles Garcia, Gerente de Coordenação Regional de Pelotas, a usina resolve um problema que preocupava aos ambientalistas, pois o significativo número de madeireiras, com as respectivas queimas de resíduos, ao ar livre, agredia ao meio ambiente. O Gerente ressalta, também, que este empreendimento resolve a questão relativa às cargas reprimidas, ou seja, o mercado consumidor, que apresenta enormes carências de energia elétrica, poderá ser atendido. Importante destacar que projetos para a construção de usinas que se utilizam de fontes renováveis estão se tornando uma realidade, uma vez que o Brasil busca alternativas para mudança na matriz energética, que hoje está estruturada, basicamente, na hidreletricidade. Já existem, por exemplo, previsões de instalação de mais duas usinas na região: Dom Pedrito e Capão do Leão. As duas utilizarão a casca de arroz como combustível no processo de geração. Cada uma delas produzirá 9 MW, consumindo 65 mil toneladas anuais do subproduto. O Estado tem parceria neste projeto, através de CEEE, com a Companhia Geral de Distribuição Elétrica (CGDE), que pertence a um Grupo Português e com a empresa pernambucana Koblitz. Há, ainda, projetos de utilização de biomassa para a geração de energia nos municípios de Camaquã, Pelotas, Bagé, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Mostardas. A instalação desses parques geradores, além de resolver problemas históricos de disponibilidade de energia elétrica, propicia a expansão industrial e comercial da região, bem como permite a criação de novos empregos, permitindo o desenvolvimento social e econômico da região.
Portal do Estado do Rio Grande do Sul