O governador Tarso Genro realizou, na tarde desta terça-feira (11), audiência com a prefeita em exercício da Capital, Sofia Cavedon, para tratar de demandas que necessitam da intervenção do Estado e são estratégicas para o desenvolvimento de Porto Alegre. O chefe do Executivo designou ao vice-governador Beto Grill, a responsabilidade de uma mesa comum entre a Capital gaúcha e o Governo do Estado, para tratar das questões debatidas. O encontro ocorreu no gabinete de Tarso Genro, no Palácio Piratini.

De acordo com Sofia, um dos primeiros assuntos tratados foi a regularização fundiária das famílias que ocupam áreas estaduais de Porto Alegre. Por não possuir a regularização, as famílias não conseguem regularizar luz, água, conseguir saneamento básico, mexer nas vias, e realizar investimentos, mesmo morando há anos nos locais. Esta é uma medida estratégica para a qualidade de vida da população de Porto Alegre. Dou como exemplo as famílias na beira da avenida Ipiranga, que poderiam estar aproveitando de programas federais para recuperar suas moradias, abrir acessos, mas não têm a concessão das áreas, que são estaduais, explicou a prefeita.

Durante a audiência, discutiu-se também a necessidade do desenvolvimento urbano do Morro Santa Teresa e do Delta do Jacuí, duas áreas estaduais que demandam ações conjuntas das Secretárias do Estado, como retirada de famílias das áreas de risco, regularização das que podem ficar, manejo do parque, saneamento das águas. Segundo Sofia Cavedon, são dois saldos importantes para a Copa. É um espaço, uma área estratégica para o Estado, que atinge Eldorado, Canoas e Guaíba. Tenho certeza de que com a priorização que Tarso Genro está indicando nós teremos um saldo muito positivo pra cidade, afirmou Sofia.

Por fim, o encontro serviu para tratar do transporte escolar para alunos do Ensino Médio. Segundo a prefeita, apenas 50% dos jovens entre 14 e 17 vão à escola em Porto Alegre e o principal motivo é a falta de transporte escolar gratuito. Os jovens tem transporte escolar até o final do ensino fundamental, quando concluem a 8° série não têm mais transporte gratuito, e as escolas de ensino médio são ainda mais distantes, no centro da cidade, explicou Sofia.

O grande embate é a falta de parceria com Estado para o financiamento. Nós precisamos da parceria do RS para o financiamento. Nunca conseguimos que outros governos se importassem com o número tão baixo de estudantes no ensino médio. Não tenho dúvidas que o transporte gratuito à escola transformará os adolescentes na Capital, finalizou Sofia Cavedon.