Secretaria da Agricultura faz homenagem a Paixão Cortes
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Folclorista trabalhou por 40 anos como zootecnista e engenheiro agrônomo do Estado O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, homenageou, nesta quarta-feira (26), o folclorista e funcionário aposentado da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, João Carlos Paixão Côrtes, que atuou por 40 anos como zootecnista e engenheiro agrônomo na Capital e interior do Estado. Paixão Côrtes recebeu uma placa de Machado, onde está inscrito o reconhecimento da Secretaria da Agricultura pelo trabalho desenvolvido, com fibra e competência em benefício dos agricultores gaúchos. Após receber a placa, Paixão Côrtes disse, emocionado, que o convite para voltar à Secretaria da Agricultura, por si só, é uma homenagem. Eu me criei nesta casa, nem era alfabetizado e já prestava atenção nas histórias que meu pai, também agrônomo do Estado, contava, recordou, acrescentando que trabalhou por mais de cinco anos além do tempo necessário para se aposentar, porque nunca se preocupou em verificar seus direitos adquiridos. Queria só trabalhar pela agricultura do Rio Grande, disse. De acordo com o secretário, Paixão Côrtes desempenhou papel fundamental para o melhoramento da ovinocultura no Rio Grande do Sul, através do ensino de novas técnicas. Eu mesmo fui seu aluno em um curso de tosquia australiana em Tapes. Assim como eu, incontáveis produtores gaúchos devem o aperfeiçoamento de suas propriedades ao trabalho incansável de Paixão Cortes, destacou. Machado também lembrou que o folclorista foi indicado pela secretaria neste ano para receber a Medalha Assis Brasil, distinção que foi entregue pela governadora Yeda Crusius durante a 30ª Expointer. Saiba mais Nascido a 12 de julho de 1927, em Santana do Livramento, Paixão Côrtes foi responsável pela abertura de mercado da ovinocultura no Estado. Foi ele quem trouxe da Europa novos métodos e tecnologias de tosquia, desossa e gastronomia, além de incentivar o consumo de carne ovina. Ele começou a trabalhar na Secretaria da Agricultura aos 17 anos como classificador de lã. Passou pelas Estações Experimentais de Pelotas, Santa do Livramento e nos Campos de Cima da Serra e em Porto Alegre, também como professor dos curso de classificação de lã, ovinotecnista e, por fim, chefe do Serviço de Ovinotecnia. Formado em 1949 em Agronomia, na UFRGS, Paixão Côrtes desenvolveu na Secretaria da Agricultura o trabalho de extensão no interior do Estado. Segundo ele, o fato de ser folclorista e falar a mesma língua do homem do campo facilitou a comunicação e a implantação de novas tecnologias. O homem rural é de natureza desconfiada. Mas via que eles confiavam em mim, que se sentiam tranqüilos para as reformulações que e propunha, observou. Para o folclorista, suas duas áreas de atividades eram complementares. Com as viagens que fazia para todos os recantos do Estado, fui enriquecendo meu conhecimento sobre a cultura popular, contou.