O governador Germano Rigotto participou, hoje (7) à tarde, em Tio Hugo, na Região da Produção, da inauguração oficial do moinho da Companhia Brasileira de Moagem (CBM). O ato marca o início da operação do primeiro moinho horizontal da América Latina, um investimento de cerca de R$ 18 milhões, que vai gerar 3,6 mil empregos. O moinho deverá processar, anualmente, 60 mil toneladas de trigo e 10,5 mil toneladas de milho. A produção de farinha vai envolver dois mil produtores associados à Cooperativa Tritícola Alto Jacuí (Cotrijal), absorvendo a produção de cerca de 30 mil hectares de trigo. O governador destacou que o novo empreendimento se soma a outros do setor do agronegócio no Estado, como os da John Deere, AGCO Massey Ferguson e Kuhn-Metasa, entre outros. Investimentos como o da CBM, não representam apenas a geração de empregos, mas o aumento de arrecadação para o Estado, além da perspectiva de reversão das dificuldades financeiras, afirmou. Com os novos investimentos, salientou Rigotto, o governo terá mais recursos para aplicar em Saúde, Segurança e Educação. Apostar no Rio Grande é vencer sempre, disse, referindo-se à vinda de novos investimentos para o Estado nos últimos dois anos. Além do governador, estiveram presentes o presidente da CBM, Carlos Bonilla, e o prefeito de Tio Hugo, Gilmar Mühl. Audiências Antes da inauguração do moinho, Germano Rigotto reuniu-se com os prefeitos dos 13 municípios onde a Cooperativa Tritícola do Alto Jacuí (Cotrijal) atua, na Expodireto 2005, em Não-Me-Toque. Os prefeitos entregaram um documento que relata a situação desesperadora que os produtores da região se encontram devido à seca. O prefeito de Carazinho, Alexandre Goellner, pediu que o governador liderasse um movimento junto ao governo federal para que fosse prorrogado o vencimento das parcelas das dívidas de investimento e custeio. Rigotto também recebeu 30 líderes de associações e sindicatos de produtores rurais. O presidente da Federação das Cooperativas Agrícolas do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, entregou uma pauta de reivindicações para que o governador mostre a situação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de sua vinda ao Estado. As entidades igualmente propõem a prorrogação das parcelas para produtores e cooperativas, inclusive com bancos privados, e solicita a liberação de recursos para a safra de inverno. O presidente da Fecoagro pediu a criação de um grupo de trabalho, envolvendo prefeituras, entidades representativas do setor, universidades, Assembléia Legislativa e Governo do Estado para interceder junto ao governo federal. É importante que as entidades também entreguem amanhã (8), ao ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura esta pauta, disse Rigotto ao ressaltar que fará todos os esforços para que os pleitos sejam atendidos. Também acompanharam as audiências os secretários da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein, das Obras Públicas e Saneamento, Frederico Antunes, do Meio Ambiente, Mauro Sparta, dos Transportes, Alexandre Postal, e do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, e o presidente da Emater, Caio Rocha.