Rigotto destaca potencial do carvão gaúcho como fonte de energia para o país
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O governador Germano Rigotto disse, hoje (28), durante visita às minas da Região Centro-Sul do Estado, que o carvão mineral, cujo maior produtor é o Rio Grande do Sul, com 89% do manancial brasileiro, é o combustível do futuro. A declaração do governador ocorre às vésperas do leilão de energia, marcado para o próximo dia 16 de dezembro, quando será definida a nova matriz energética do país. Rigotto ressaltou que, até o final de seu governo espera ver a consolidação do uso do carvão como fonte alternativa de energia. Em Minas do Leão, o governador visitou a mina de carvão mineral subterrânea Leão 2, a 220 metros de profundidade. Em Butiá, visitou a Mina do Recreio, da empresa Copelmi, e a mina Butiá Leste, que tem área recuperada ambientalmente. Em ambas, é realizada extração de carvão de superfície. Rigotto lembrou os quatro projetos de usinas termelétricas existentes no Estado e afirmou que o investimento em usinas a carvão significa sair à frente na solução de problemas futuros com a falta de energia hídrica. Já temos a energia eólica e, diante da perspectiva da necessidade que o Brasil terá de mais geração de energia, queremos aproveitar este momento para apostar no carvão dentro da matriz energética nacional. Há um espaço enorme para isso, enfatizou. O governador destacou também que a utilização do carvão mineral como fonte de energia representa maior desenvolvimento para a Metade Sul do Estado, com geração de emprego e renda. Hoje, a energia produzida nas termelétricas a carvão é limpa, ou seja, não produz poluição , frisou o governador. Projetos Os quatro projetos de termelétricas a carvão no Rio Grande do Sul somam investimentos privados em torno de US$ 2 bilhões garantidos, que possibilitarão o acréscimo de 1.850 megawatts (MW) à matriz energética gaúcha, hoje com 4.141 MW de potência instalada. Atualmente, a geração térmica a carvão responde por 13% (538 MW) da matriz energética do Estado. Segundo o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, se todos os projetos - Fase C de Candiota (350 MW), Jacuí I (350 MW), Seival (500 MW) e CT Sul (650 MW)- passarem pelo leilão de energia nova, o Rio Grande do Sul ganhará 40% da sua matriz energética baseada no carvão mineral. Isso afastaria qualquer risco de desabastecimento em função da falta de chuvas que esgota os reservatórios gaúchos, como ocorreu no último verão, quando o RS chegou a importar até 80% da energia consumida pelos gaúchos. Nunca mais teríamos problemas de abastecimento devido à seca, afirmou o secretário. Andres enfatizou que todos os projetos de geração de energia a carvão desenvolvidos no Estado são competitivos e têm condições de serem contratados no leilão da nova matriz energética: Isso significa que o carvão, finalmente, vai sair do papel e tornar o Rio Grande do Sul um Estado que não precisará mais da energia proveniente do Sudeste. Também participaram da visita o secretário de Obras Públicas e Saneamento, Frederico Antunes, prefeitos da região e empresários do setor de energia. Investimentos A Fase C de Candiota e Jacuí I possuem 50% dos equipamentos adquiridos, com US$ 190 milhões de investimentos já realizados. O projeto Seival, em Candiota, terá aplicação de US$ 830 milhões. Conforme o presidente da Copelmi Mineradora, César Faria, o projeto conta com a parceria da Construtora Andrade Gutierrez e da empresa americana MDU Resources. A termelétrica Jacuí 1, em Charqueadas, terá investimento de US$ 200 milhões da empresa Eleja S/A, que conta com recurso alemão. Candiota 3, também em Candiota, de propriedade da CGTEE, deverá receber US$ 285 milhões dos chineses da Citic International Contrating. Em fase final de licenciamento ambiental para habilitação ao leilão de energia, a CTSul, da Celetro e investidores chineses e europeus, contará com investimento de US$ 760 milhões.