O governador Germano Rigotto participou, há pouco, da inauguração do viveiro florestal da Aracruz Celulose S/A, em Barra do Ribeiro. Rigotto assinou contrato de liberação de R$ 15 milhões pela Caixa RS - Fomento Econômico e Social à Aracruz. O recurso, proveniente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), faz parte do Programa de Financiamento Florestal Gaúcho (Proflora Caixa RS) e será aplicado em projetos de agricultores integrados ao sistema de produção florestal da Aracruz. Os produtores beneficiados foram previamente selecionados pela empresa, que ficará responsável pela elaboração dos projetos, pela prestação de assistência, pelo repasse de mudas e fertilizantes e pela garantia de compra da produção. No viveiro inaugurado hoje deverão ser produzidas até 30 milhões de mudas de eucalipto por ano. A capacidade inicial é de 10 milhões de mudas anuais. O retorno do investimento no Rio Grande do Sul é sempre mais rápido devido à mão-de-obra, qualificação e, no caso do florestamento, às características geográficas do Estado, disse. Nos quatro anos de nossa administração, a Metade Sul será outra, porque o governo criou o compromisso em criar possibilidades de investimento para que a região exerça suas vocações e tenha desenvolvimento econômico e social, afirmou Rigotto. O diretor-presidente da Aracruz, Carlos Aguiar, destacou que a empresa está fazendo um ano no Rio Grande do Sul e que está engajada no projeto do governo de expansão da Metade Sul. Há um ano, firmamos um compromisso de respeito à cultura gaúcha e de integração de recursos humanos do Estado com os do Espírito Santo, onde fica a sede da empresa. Hoje, esta integração é perfeita, destacou ao salientar que a Aracruz vem crescendo de 7% a 10% ao ano. A empresa encontrou no RS os melhores índices de produção, qualidade e intensidade operacional e, por essa razão, passou a aperfeiçoar a produção aqui, hoje o 2º pólo nacional de florestamento da Aracruz, disse o presidente do Conselho de administração, Carlos Alberto Vieira. Meio Ambiente O governador também ressaltou os esforços do governo na área do meio ambiente. Lembrou o convênio assinado com o banco alemão KFW, no valor de 10 milhões de euros (mais de R$ 36 milhões) para preservação da Mata Atlântica em território gaúcho. Graças a essas e outras ações podemos registrar uma estimulante recuperação de nossa cobertura florestal. Há vinte anos, as florestas naturais estavam reduzidas a 5% do nosso solo. Hoje, essa área foi quadruplicada, disse. Há muitas décadas nosso estado tem sido pioneiro na adoção de políticas públicas voltadas ao gerenciamento ambiental, afirmou Rigotto. Ele lembrou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apontou, durante a Semana do Meio Ambiente do ano passado, o sistema gaúcho de gestão ambiental como referência para o país. Proflora Lançado em abril de 2004, o Proflora Caixa RS disponibiliza recursos para plantio comercial de pinus, eucalipto e acácia negra. A intenção é contribuir para o aumento da oferta de matéria-prima com vistas ao desenvolvimento da cadeia produtiva de base florestal no Rio Grande do Sul. Atualmente, o plantio anual no Estado não chega à metade do consumo aparente, de 30 mil hectares/ano. A meta é induzir o cultivo de 120 mil hectares de novas florestas comerciais até 2006. O limite de financiamento por projeto e por investidor é de R$ 150 mil, com prazo de 12 anos para amortização. A solenidade de assinatura do convênio contou com uma apresentação do músico Renato Borghetti, natural de Barra do Ribeiro. Também participaram do ato os secretários Luis Roberto Ponte, do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Alceu Moreira, da Habitação e Desenvolvimento Urbano, e a presidente da Fundação Zoobotânica do RS, Verena Nygaard, além de deputados e lideranças da região e representantes de entidades empresariais.