O governador Germano Rigotto afirmou que a inauguração do Frigorífico Alibem, ao lado de investimentos como os da AGCO, significam que a industrialização, no Rio Grande do Sul, acontece de forma descentralizada, favorecendo o crescimento de 4,7% do PIB, enquanto o agronegócio e a indústria sofreram um acréscimo de 18,5% e 2,7%, respectivamente, no ano passado. Estes índices são bem diferentes do total registrado no resto do país. O crescimento, junto com a adoção de medidas estruturais, vai permitir a reversão das finanças públicas do Estado. É preciso deixar questões menores de lado e trabalharmos unidos, disse Rigotto, explicando que, seguindo essa orientação, seu governo também se caracterizou pelo esforço na reabertura dos frigoríficos, como o Mercosul (antigo Alegretense), em Alegrete, e agora o Alibem. Em breve, voltará a operar um outro frigorífico, em Dom Pedrito. São medidas concretas, que reativam um segmento tradicional e importante em nosso Estado, afirmou. O secretário da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein, lembrou que, apesar de todas as dificuldades, no ano passado foram abatidas 600 mil cabeças a mais do que em 2002. Na próxima semana, Klein entregará ao governador projeto para modernizar a estrutura de defesa sanitária, Os investimentos são fundamentais e compatíveis com as exigências do mercado internacional, representando um passo importante para aumentar as exportações, disse. Tão importante quando a construção, ampliação e modernização desses prédios, segundo o secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, acabam sendo os empregos gerados, que representam maior aquecimento na economia de toda a região. A atração de novos investimentos e a manutenção dos já existentes são um dos compromissos dentro dos quatro eixos do governo, afirmou. O secretário da Saúde, Osmar Terra, ressaltou que esta é uma data histórica, em função da valorização da suinocultura na região. Este é um dia de vitória da comunidade de Santa Rosa, que não abandonou em momento algum o projeto de reerguimento dos frigoríficos, disse o secretário, ao elogiar o esforço de Rigotto à frente desse processo, ao lado do empresário Carlos Lee, presidente do Grupo Alibem. Desde o início, foi intenção da empresa investir neste município. E por isso, agradeço o apoio em todos os momentos do governador e dos secretários, bem como de parlamentares gaúchos, para que a planta fosse reativada, afirmou o empresário. Investimento O anúncio oficial de que o Alibem assumiria o controle do antigo Frigorífico Chapecó foi feito pelo presidente do grupo, Carlos Lee, dia 8 de dezembro, no gabinete de Rigotto, que interveio junto ao BNDES para que a operação se concretizasse. Estão sendo investidos R$ 22 milhões na unidade industrial, que tem capacidade de abate de até 2,3 mil suínos por dia. O abate inicial será de 500 suínos/dia, o que vai beneficiar de imediato a produção de 3,5 mil suinocultores e agricultores de Santa Rosa e da Região. A expectativa dos arrendatários é de gerar 950 empregos diretos. Um primeiro abate experimental, de aproximadamente 120 suínos, foi feito dia 27 de fevereiro. A operação serviu para avaliar as condições dos equipamentos. Paralisada há mais de um ano, a planta industrial e seus fornecedores voltarão agora a ocupar a representação de 18% na atividade econômica de Santa Rosa e de 64% na economia de Nova Candelária. As outras unidades do Alibem funcionam em Santo Ângelo e em Tupanciretã. Conforme a negociação acertada para reativar o frigorífico de Santa Rosa, o grupo terá também a opção de compra da planta.