Restaurante Popular do centro da cidade já serve 900 refeições por dia
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O secretário do Trabalho, Cidadania e Assistência Social (STCAS), Antonio Kleber de Paula, deverá participar, em julho, do ato que marcará a entrega da milésima refeição/dia servida pelo Restaurante Popular de Porto Alegre, localizado na rua Conceição, 165, próximo à Estação Rodoviária. Inaugurado em abril passado, o espaço oferece atualmente uma média de 900 refeições/dia a um preço de R$ 1,00. O restaurante do centro da cidade é o 16º do Estado, devendo até o final do ano ser entregue mais quatro unidades em Cachoeirinha, Caxias do Sul, Pelotas e Cruz Alta. Para garantir a ampliação do atendimento e a melhoria do serviço, o coordenador do Departamento Estadual de Segurança Alimentar da Secretaria do Trabalho, Antônio Juarez Hanpel Schlichting, contou que está sendo providenciada junto à CEEE um aumento de carga elétrica. “Com isto poderemos ligar mais equipamentos e atender à demanda do restaurante”. Para Kleber de Paula, o aumento rápido na quantidade de almoços servidos desde a inauguração do espaço demonstra o sucesso da iniciativa. “O maior mérito do projeto é assegurar aos usuários uma alimentação balanceada e de qualidade a um preço popular”. O restaurante é administrado pelo Comitê Gaúcho de Ação e Cidadania que conta com quadro de funcionários e voluntários. A empresa responsável pelo almoço começa o trabalho por volta das 7h, entretanto as portas do restaurante abrem a partir das 11h. Nesse intervalo começa um trabalho integrado que inicia pelo cumprimento do cardápio do dia, previamente elaborado por uma nutricionista, passa pelo abastecimento e reabastecimento das cubas do carrinho de buffet , até o fechamento, às 15h, após almoço conjunto dos trabalhadores. “A gente só come depois de ter certeza de que todos que entraram na fila foram atendidos”, garantiu a coordenadora do Comitê Gaúcho, Iara Bargmann. Para atender à demanda são necessários uma média de 90 quilos de arroz e 28 quilos a 30 quilos de feijão, além da carne e verduras. Os usuários em sua maioria são idosos e crianças, muitos trabalhadores do centro e moradores da Região Metropolitana. O almoço não é acompanhado de bebida ou suco, entretanto, não é proibida a compra. “Tentamos explicar que a ingestão de líquidos durante a refeição prejudica o processo digestivo e até mesmo o aproveitamento da comida”, conta Iara. De acordo com ela, os usuários costumam elogiar o cardápio e até mesmo dar sugestões sobre o mesmo. Algumas pessoas, segue ela, aproveitam a brecha para contar sua história de vida, problemas, alegrias e tristezas. “São pessoas carentes, que necessitam de atenção. Sempre que possível ouvimos suas história, quando estamos muito atarefadas, encaminhamos para assistente social”, explica a coordenadora. Iara Bargmann diz que o trabalho no Restaurante Popular é gratificante, principalmente quando algum usuário comenta que melhorou nível da pressão ou de uma anemia. “Todos que vem aqui são seres humanos e como tal são tratados. Não basta dar comida, afeto também ajuda”.