Programa de Valorização da Mulher confecciona 545 documentos na Fronteira Noroeste
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Quinhentos e quarenta e cinco documentos para mulheres trabalhadoras rurais foram encaminhados na região fronteira Noroeste, durante o mês de março, através do Programa de Documentação e Valorização da Mulher, implementado pelo Governo do Estado. O encaminhamento dos documentos foi realizado em três mutirões que aconteceram em Pirapó, Santo Cristo e Cândido Godói, mobilizando mulheres de mais de 15 municípios da região. Para viabilizar a documentação, algumas prefeituras forneceram o transporte, empresas privadas patrocinaram as fotos e muitos documentos foram encaminhados gratuitamente. Para a agricultora Eloidez Aldeioff, de 51 anos, moradora de Alecrim, a oportunidade foi única. Ela nunca teve carteira de identidade, usava apenas a carteira de trabalho e todas compras e empréstimos eram feitos em nome do marido. O Programa de Documentação da Mulher foi a concretização de uma grande e longa batalha das mulheres trabalhadoras rurais na busca da cidadania, destaca a coordenadora das Mulheres Trabalhadoras Rurais na região, Genoveva Hass. Há muito tempo estávamos reivindicando isso, porque a falta de documento é a falta de reconhecimento e cidadania, destaca. Nos três municípios, foram confeccionadas 216 carteiras de identidade, 66 CPFs, 80 carteiras de trabalho, 88 cadastros no INSS e 95 títulos de eleitor. A organização dos mutirões foi feita pelas secretarias da Agricultura e Abastecimento/Emater, Justiça e Segurança, Fazenda, Cultura e Trabalho, Ação Social e Cidadania, Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais, da Coordenadoria Estadual da Mulher e Procergs, com apoio das prefeituras, cartórios eleitorais, Banco do Brasil e outras entidades. Analisados os números e ações, os órgãos organizadores concluíram que devido a interação participativa de todos os órgãos e mobilização das comunidades, as atividades foram positivas e devem continuar acontecendo permanentemente. Atingimos um público que pela primeira vez teve a oportunidade de obter um documento. Isso já é uma grande vitória, destaca a Assistente Técnica da Emater/RS, Glotilde Bao. Porém, os organizadores, destacam que esse processo deve ser estendido a toda a família, além de permanente e informatizado.