Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Primeiras áreas colhidas de soja indicam boa perspectiva de produtividade no estado

Publicação:

Soja em Glorinha
Há baixa incidência de doenças e pragas em lavouras adequadamente monitoradas e tratadas - Foto: Divulgação / Emater-RS/Ascar

A soja, nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, evolui rapidamente para o estádio de maturação, com folhas de coloração amarela. As primeiras lavouras colhidas apresentam boa produtividade, de acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater-RS/Ascar na quinta-feira (7).

O levantamento aponta que a lavoura da soja se encontra na seguinte situação:

- 8% da área colhida
- 17% madura e por colher
- 67% em fase de granação ou enchimento de grãos
- 8% de área estão em floração.

Nas regiões do Médio Alto Uruguai e do Rio da Várzea, as primeiras lavouras em fase de maturação apresentam ótima sanidade e boa perspectiva de produtividade, contrariando a expectativa de uma safra com forte pressão do fungo da ferrugem asiática. Na semana passada foram realizadas aplicações finais de fungicidas para controle da ferrugem e de inseticidas para controle de lagartas, percevejos e ácaros.

Na região da Produção, a cultura está em fase inicial de colheita, com rendimento médio de 62 sacas por hectare. Comparada ao período de implantação, quando houve necessidade de replantio, a expectativa é positiva. Há baixa incidência de doenças e pragas em lavouras adequadamente monitoradas e tratadas.

No Sul, predomina a granação, com 85% das lavouras nesse estágio. Nos últimos dias antes da conclusão do levantamento, ocorreram secamento do solo, altas temperaturas e radiação solar intensa, prejudicando as lavouras de soja.

As condições gerais na Serra e nos Campos de Cima da Serra estão muito boas. A fase predominante é a de enchimento de grãos. A colheita começa nas áreas cultivadas mais no cedo, com variedades de ciclo precoce.

Milho

Ainda de acordo com o mais recente Informativo Conjuntural, a cultura do milho apresenta 51% das lavouras colhidas. As demais áreas apresentam 17% maduro, 24% em enchimento de grãos e o restante em floração e desenvolvimento vegetativo. As lavouras têm bom desenvolvimento reprodutivo.

Nas regiões Centro-Sul e nos vales do Sinos e Paranhana, a maior parte está na fase de enchimento e desenvolvimento de grãos. Algumas lavouras já começam a ser colhidas para comercialização. O milho safrinha apresenta um bom desenvolvimento vegetativo, ainda não prejudicado pela diminuição da chuva.

Feijão 1ª safra

Com a safra praticamente colhida, o feijão primeira safra no RS atingiu 80% das áreas colhidas. Ainda apresenta 1% das lavouras em floração, 11% em enchimento de grãos e 8% maduro. Das áreas a serem colhidas, restam basicamente as da região dos Campos de Cima da Serra, nas quais a cultura se encontra nas fases de formação de vagens e enchimento de grãos.

As lavouras apresentam bom desenvolvimento devido às ótimas condições climáticas até o momento. As condições fitossanitárias estão muito boas nessa região, com baixa incidência de pragas e doenças, o que indica perspectiva de safra dentro da normalidade, ou seja, 2.400 kg por hectare.

Na região Sul, a primeira safra foi colhida. A segunda safra da cultura está com a semeadura finalizada, em estágio predominante de crescimento vegetativo, apresentando bom desenvolvimento.

Arroz

A cultura no RS está com 17% da área colhida, 36% madura, 38% em enchimento de grãos e 8% em floração. Nas principais regiões produtoras do estado, Campanha e Fronteira Oeste, as condições climáticas nos últimos dias antes do fechamento do Informativo foram favoráveis ao desenvolvimento da cultura. Porém está prevista redução da produção nesta safra, em virtude de pouca insolação, muitos dias nublados, com chuva, e baixa temperatura à noite.

No Litoral e Centro-Sul, foi iniciada a colheita das variedades precoces plantadas no cedo, chegando a 11% da área em Camaquã. O manejo realizado recentemente foi a condução da lavoura com irrigação, aplicação de coberturas e tratamentos fitossanitários, em alguns casos, conforme necessidade e cultivar.

Frutícolas

Caqui: foi iniciada a colheita da chocolatinho, variedade mais precoce cultivada nos locais de mesoclimas mais quentes, como o Vale do Caí. É uma fruta de polpa escura, com muitas sementes e de calibre reduzido. As plantas mostram-se com bom vigor e carga elevada, pois houve pouca intervenção por meio da prática cultural do raleio de frutas, haja vista a coincidência da colheita da safra de uva.

Dessa maneira, considerável percentagem de frutos não atingiu o calibre esperado, passando a ser classificado na categoria 2 (chamada de “segundinha”). As principais variedades fuyu e kyoto vêm se desenvolvendo sem maiores problemas, com alto vigor e sanidade. As plantas demonstram muita variação de carga de caquis, porém, de forma geral, a produtividade deverá ficar abaixo da média histórica.

Citricultura: começou a colheita das frutas cítricas na região do Vale do Caí. As primeiras caixas de 25 quilos da bergamota satsuma estão sendo comercializadas ao preço médio de R$ 35,00/cx. A bergamota satsuma, também conhecida como japonesa, em função da sua origem, é a mais precoce das frutas cítricas. É uma fruta sem sementes, com baixa acidez, o que permite que seja colhida e consumida com a casca ainda verde.

Nas demais bergamotas do grupo das mediterrâneas, continua intenso o trabalho de raleio, que é a retirada de parte das frutinhas verdes das plantas, manejo realizado para permitir que as frutas a serem colhidas maduras tenham um melhor desenvolvimento, atinjam um maior diâmetro e apresentem melhor coloração. O raleio segue a mesma sequência de maturação das bergamotas e já está encerrado nas cultivares caí e pareci, e está pela metade na montenegrina.

Pastagens

A fase é de desenvolvimento das espécies forrageiras e, de maneira geral, a ocorrência de chuvas com bons volumes, temperaturas e radiação solar adequada favorecem tanto o campo nativo como as pastagens cultivadas, apresentando grande oferta de matéria verde de qualidade.

As pastagens naturais, apesar do bom crescimento, estão mais fibrosas e com menor qualidade devido ao fim do ciclo destas forrageiras. Por isso, a importância de proceder-se a mineralização adequada do rebanho.

Conforme a Emater-RS/Ascar, é importante que os produtores façam o ajuste da carga animal para obter melhor aproveitamento. Os extensionistas rurais também orientam os pecuaristas para que façam diferimento de algumas áreas, deixando-as em pousio, para que tenham abundância de pasto durante o outono. Começam a ser implantadas as pastagens cultivadas de inverno.

Texto: Adriane Bertoglio Rodrigues/Emater-RS/Ascar
Edição: Marcelo Flach/Secom

Portal do Estado do Rio Grande do Sul