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Porto Alegre sob a ótica de dois mestres da fotografia

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No dia 08 de outubro, terça-feira, às 16h, no 3º andar do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa (Andradas, 959) com entrada franca acontece a abertura da a exposição Anos 50 - fotografias aéreas e fotorreportagens de Léo Guerreiro e Pedro Flores. São cerca de 20 fotos aéreas de Porto Alegre, 26 Revistas do Globo e equipamentos utilizados pelos fotógrafos nesta época, constituindo uma verdadeira aula sobre a década de 50 na capital gaúcha. A mostra faz parte do Projeto Integração dos Acervos Fotográficos do Rio Grande do Sul - da Secretaria da Cultura (Sedac) - e desenvolvido pelo Museu Hipólito com o objetivo de integrar os acervos fotográficos do Estado através de exposições, mostrando trabalhos de conservação e preservação de importantes fotógrafos gaúchos. As imagens da exposição fazem parte da coleção de Léo Guerreiro e Pedro Flores pertencente à Fototeca Sioma Breitman do Museu Joaquim José Felizardo. Na Revista do Globo (1929 a 1967) a imagem fotográfica recebeu grande destaque. Mais do que ilustrar, as imagens apresentavam uma narrativa própria. Nos anos 50, os fotógrafos trabalhavam com as grandes novidades do pós-guerra, como o flash e a máquina Rolleiflex. Essa máquina, muito versátil, veio a substituir as câmaras de chapa de vidro, de grande formato. Segundo Léo Guerreiro, a Rolleiflex apresentava vantagens tanto em relação às câmaras de chapa de vidro, como em relação aos formatos atuais, já que apresenta uma maior facilidade de enquadramento. Na década de 50 o fotógrafo não necessita mais restringir o seu trabalho aos estúdios. Guerreiro conta que as máquinas passam a ser mais versáteis, possuem flashes e filmes em rolo possibilitando mais imagens a cada externa. A mobilidade conquistada ampliou as possibilidades de trabalho permitindo que o fotógrafo transformasse sua câmara em um instrumento de reportagem podendo registrar notícias, eventos ou cenas do cotidiano, explica ele. Pedro Flores: nasceu em Venâncio Aires em 1925. Transferiu-se para Porto Alegre em 1939. Foi como vendedor de fotografias que aprendeu o ofício de fotógrafo. Trabalhou em diversos jornais como o Correio do Povo e o Diário de Notícias. Foi fotógrafo da Secretaria de Agricultura e, durante três mandatos, do Setor de Imprensa do Palácio Piratini. Foi fundador da ARFOC (1956) e atual Presidente do Conselho Fiscal e membro do Conselho Deliberativo da ARI. Léo Guerreiro: nasceu em Porto Alegre em 1929. Inicia sua carreira profissional em 1952, completando, em 2002, 50 anos de fotografia profissional. Léo Guerreiro, em 1953, foi contratado pela Revista e Jornal Hoje. Entre os anos de 1956 e 1969 foi assistente técnico da SEC, de onde saiu para lecionar na Universidade Federal de Santa Maria, tendo lá criado a disciplina de fotografia no Centro de Artes. Também foi um dos fundadores da ARFOC (1956), sendo atualmente, membro do Conselho Fiscal e do Conselho Deliberativo da ARI. Atualmente, continua fotografando, além de trabalhar com restauração manual de fotografias.
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