Penitenciária Feminina de Guaíba inaugura escola para apenadas
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A Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba realizou a cerimônia de inauguração do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Neeja) Érico Veríssimo nesta terça-feira (16). As aulas já iniciaram com a participação de 85 apenadas. A escola é uma parceria entre a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a Secretaria Estadual da Educação.
Os professores do Neeja Érico Veríssimo, bem como os que atuam em mais de 40 núcleos presentes nos estabelecimentos prisionais do estado, são capacitados tanto para a parte pedagógica quanto para os aspectos específicos referentes ao sistema prisional. As aulas ocorrem diariamente nas galerias da Penitenciária e as apenadas também contam com um espaço de leitura.
A assistente social da divisão técnica do Departamento de Tratamento Penal (DTP) da Susepe, Cristiane Beil Hartwig, destacou a importância da efetivação dessa política pública. “A implantação do Neeja em Guaíba demonstra a preocupação do DTP em fomentar ações de educação, saúde e trabalho para as pessoas privadas de liberdade, numa perspectiva de inclusão e transformação social”, afirmou.
Maura Moisinho, que também atua como assistente social do DTP, disse que a escola é resultado de um longo trabalho e do comprometimento de várias instituições. “Faz parte do nosso trabalho oportunizar aos apenados o acesso à educação. A educação liberta e pode fazer a diferença na vida das detentas.”
O diretor da Penitenciária Feminina de Guaíba, Rogério Mota, reafirmou que a educação é o principal fator de inclusão social. “O cárcere também pode ser um espaço para oportunizar a educação como uma possibilidade de libertação. Esse é um avanço para a Penitenciária, para a comunidade de Guaíba e para o estado do Rio Grande do Sul”, disse.
Para a coordenadora do 12º Conselho Regional de Educação (CRE), Vera Almeida, e para o coordenador da Educação Básica da Secretaria da Educação, Gabriel Pinto da Silva, “o propósito do Neeja é mostrar a educação como um caminho para o futuro das apenadas”, afirmaram. A equipe apontou ainda que a educação auxilia as apenadas durante e após a reclusão.
O Neeja Érico Veríssimo será dirigido pela professora Isabel Calegari. Também estiveram presentes a representante da Promotoria Legal Popular, Marina Toledo; a assessora jurídica do CRE, Cátia Pinto e representantes de outras entidades locais, além de professores e servidores da casa prisional.
Texto: Gisele Reginato/Susepe
Edição: André Malinoski/Secom