Ordem de Serviço para reformar a sede do Museu Arqueológico do RS, em Taquara, será assinada na segunda (13)
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Fechado desde 2008 para visitações por conta de problemas estruturais, o Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul) receberá obras de requalificação com recursos do programa Avançar na Cultura, num total de R$ 1,5 milhão.
Localizada no km 58 da ERS-020, em Taquara, a sede passará por revitalização das estruturas prediais, instalações elétricas e hidrossanitárias. O Avançar na Cultura também destina recursos para o desenvolvimento de uma nova exposição de longa duração, contratação de serviços e aquisição de bens e materiais para a instituição.
A assinatura da ordem de serviço para início das obras de requalificação ocorrerá na segunda-feira (13/6), às 11h, com a presença da secretária da Cultura, Beatriz Araujo – que estará no museu a partir das 10h30.
Também participam da assinatura o diretor administrativo da Secretaria da Cultura (Sedac), Marcos Paulo da Luz; o diretor do museu, Antonio Soares; a prefeita Sirlei Bernardes da Silveira; o proprietário da empresa Toro Engenharia, Matheus Minatto, entre outras autoridades locais e parceiros da instituição.
Sobre o Marsul

Criado em 1966, o Marsul tem um dos acervos mais significativos do Brasil, composto majoritariamente por coleções oriundas de pesquisas em sítios pré-coloniais, com datações de até 12 mil anos atrás.
São artefatos de grupos caçadores-coletores, pescadores-coletores do litoral, horticultores e também de sítios do período colonial.
O prédio foi construído em 1970, e tem valor arquitetônico por sua característica modernista brutalista, representativa de um período histórico em que ocorreu a profissionalização e a valorização da arqueologia no meio museológico nacional.
O modelo construtivo da época, porém, não previa aspectos que se tornaram fundamentais com o decorrer do tempo, tais como a impermeabilização das lajes e das coberturas, para evitar infiltrações, por exemplo. Da mesma forma, não havia os padrões de acessibilidade exigidos atualmente.
Mesmo fechado para a visitação, o Marsul continuou recebendo pesquisadores e promovendo atividades sobre o patrimônio arqueológico. Em fevereiro de 2020, a instituição e o designer Cícero Moraes trabalharam na reconstrução facial forense do “Zé”, um esqueleto de indivíduo associado a um sítio arqueológico datado de aproximadamente 5 mil anos, integrante do acervo do Marsul.

Texto: Ariel Lopes / Ascom Sedac
Edição: Secom