Os desafios enfrentados pelos profissionais que atendem as mulheres nos municípios do Rio Grande do Sul foram o foco das oficinas de elaboração de diagnósticos, realizada durante o 1º Encontro Estadual de Mulheres para o Mundo - Redes de Proteção da Mulher, promovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher (SDM), na sexta-feira (14/11), no Ministério Público, em Porto Alegre. A atividade busca fortalecer toda a rede de atendimento no Estado. 

Os participantes foram divididos em nove grupos e organizados por macrorregiões. As oficinas foram conduzidas pela equipe da SDM, na figura de um facilitador, que era responsável por lançar perguntas reflexivas, na tentativa de captar as percepções dos profissionais sobre a situação da mulher no momento em que ela busca algum serviço. As questões incentivaram os participantes à discussão. Todas as demandas apresentadas foram utilizadas na construção de um grande Mapa da Empatia, que será analisado e contribuirá para a compreensão das fragilidades apresentadas.

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Elisângela Chiquelero, que é assistente social no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) do município de Estrela, identifica como um dos maiores desafios a aceitação. “São diversas medidas protetivas até que a mulher, finalmente, aceite receber o atendimento.” Outro ponto destacado por Elisângela é a necessidade de um psicoterapeuta no Cram. “É importante a presença de um profissional qualificado para que a mulher se sinta acolhida e não seja revitimizada.”

As dúvidas das mulheres em relação aos seus direitos também surgem como um desafio na visão da psicóloga Leticia Zanatta Bonni, que atua na prefeitura de Arroio do Meio. Segundo ela, é preciso articular uma maneira de ampliar os serviços de orientação jurídica no município, a fim de dar conta dessas demandas.

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Para a facilitadora Bárbara Flores, psicóloga da SDM, as oficinas potencializam a construção de políticas públicas voltadas para o enfrentamento à violência contra a mulher. “A experiência da dinâmica produziu uma construção coletiva, que apresentou a particularidade de cada região do Rio Grande do Sul. Essas contribuições auxiliam no diagnóstico das principais demandas que precisam ser atendidas para que a política da mulher se qualifique e avance cada vez mais no Estado”, avaliou Bárbara.

Contribuições dos participantes

Após as oficinas, os participantes do primeiro Encontro Estadual de Mulheres se reuniram no auditório para a cerimônia de encerramento. A secretária Fábia Richter e a adjunta, Viviane Viegas, além dos facilitadores, ouviram as contribuições dos grupos. Viviane destacou que todo esse material será organizado em forma de relatório. “Para mim é muito importante escutá-los, pois cada um tem uma vivência e isso ajuda a pensar soluções efetivas.”

Fábia Richter afirmou que todos receberão feedback e garantiu que, após a leitura e discussão sobre os resultados das oficinas, se reunirá com o governador Eduardo Leite para atender as demandas trazidas pelos municípios. A secretária finalizou o evento com uma mensagem de apoio a todas as mulheres: “Não existem verdades verdadeiras. Temos que construir a nossa verdade, aquela verdade que ajuda a aliviar a dor do outro.”

^{Texto: Ascom SDM
Edição: Secom}