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Lançado programa de apadrinhamento afetivo para crianças e adolescentes abandonados

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Uma parceria entre a Secretaria Estadual do Trabalho, Cidadania e Assistência Social, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público Estadual e o Instituto Amigo de Lucas, lançada ontem (10) no Abrigo Odyla Gay da Fonseca, em Porto Alegre, abre as portas para pessoas que queiram cumprir o papel de padrinho e madrinha de crianças e adolescentes com remota possibilidade de adoção. O Programa Estadual de Apadrinhamento vai cadastrar pessoas, casais e famílias com condições de estabelecer vínculos afetivos duradouros e de propiciar às crianças e adolescentes a noção de pertencimento a uma família, carinho e acompanhamento. Durante o lançamento, com a participação do governador Olívio Dutra, a secretária do Trabalho, Neusa Azevedo, lembrou da importância de programas como esse, em que o maior valor é o afeto e o carinho. Neusa também ressaltou os investimentos do governo do Estado em políticas sociais, que somam R$ 3 bilhões. Disse que a abrigagem traz conseqüências afetivas e sociais que o Abrigo não consegue vencer. Os problemas se acentuam para aqueles que não são adotados por estarem com idade superior a três anos, passando grande parte de sua vida nos abrigos. Também é difícil para aqueles que precisam reconstruir suas vidas fora do abrigo, conseguir emprego e estabelecer novos vínculos, acrescenta. Apadrinhar uma criança é participar da vida dela, é estabelecer um vínculo amizade, carinho e amor, argumenta Neusa. Representando o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (Cedica) a primeira-dama do Estado, Judite Dutra, elogiou a proposta. O Cedica analisou e aprovou essa iniciativa, que significa crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos, abandono, portadoras de deficiência e do vírus HIV possam ter padrinhos e madrinhas participando ativamente de suas vidas. A presidente do Instituto Amigos de Lucas, Helena Martinho, disse que a parceria significa a realização de um projeto acalentado pela ONG, trazendo uma alternativa ao abandono de crianças. Elas só precisam de afeto, carinho e de uma pessoa que possa cuidá-las, ressaltou Helena, que tem três filhos adotados. De acordo com o diretor do Departamento de Cidadania da Stcas, Mozar Dietrich, o Rio Grande do Sul conta hoje com mais de 160 abrigos. Deste total, 44 unidades são administradas pela Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social, através da Fundação de Proteção Especial, onde vivem 707 crianças e adolescentes. Os demais abrigos são municipais ou particulares. O Programa será executado por uma comissão formada pela Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social, Ministério Público Estadual, Instituto Amigo de Lucas e Tribunal de Justiça, mas o cadastramento será realizado pela Divisão de Voluntariado da Stcas. Os interessados devem ligar para (51) 3288-6678 e solicitar o seu cadastramento. Além do cadastro por telefone, a partir da próxima segunda-feira (14), é possível obter mais informações por meio do telefone 0800-541.9026, que será disponibilizado pela Brasil Telecom. Além da Região Metropolitana, o Programa será instalado nas dez cidades-pólos onde existem Divisão da Criança e do Adolescente e Juizado da Infância e da Juventude. São elas Porto Alegre, Novo Hamburgo, Osório, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Uruguaiana, Santo Ângelo e Passo Fundo (os lançamentos regionais deverão acontecer de 11/10 a 21/10). O programa ainda tem apoio da Corag, Fundação Maurício Sirotski Sobrinho, Brasil Telecom e Design Vogt.
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