Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Inscrições para prêmio que destaca ações pedagógicas em educação antirracista vão até 1º de outubro

Prêmio Dra. Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva visa reconhecer ações pedagógicas em educação antirracista

Publicação:

Card em fundo cinza, no qual está escrita a palavra Educação ao centro, logo abaixo de um ícone composto por um chapéu de formando sobre dois livros. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
-

Até 1º de outubro, professores, membros de equipes diretivas e estudantes da Rede Estadual de ensino podem se inscrever no prêmio Dra. Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva. Promovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), a iniciativa visa reconhecer ações pedagógicas em educação antirracista. As inscrições podem ser realizadas no Portal da Educação a partir desta segunda-feira (22/9). 

As ações pedagógicas participantes devem ser de autoria dos inscritos, tendo sido implementadas ou realizadas entre janeiro de 2022 e maio de 2025. A iniciativa deverá demonstrar alinhamento com os princípios de equidade racial e combate ao racismo, bem como com o Plano Estadual de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino das Histórias e das Culturas Afro-Brasileiras, Africanas e dos Povos Indígenas.

Serão consideradas iniciativas pedagógicas exitosas as práticas, as ações e os projetos com resultados positivos e significativos no contexto escolar. O edital contempla três categorias de ações pedagógicas: 

  • Ações de Gestão Pedagógica

Destinada a membros da equipe diretiva com projetos focados na gestão escolar, implementação de políticas educacionais e melhoria do ambiente escolar. Os grupos inscritos nessa categoria podem ser compostos por, no máximo, cinco membros. 

  • Ações Pedagógicas de Docentes

Voltada a projetos realizados por professores de todas as etapas e modalidades de ensino, com foco na melhoria das práticas pedagógicas e no desenvolvimento curricular. Nessa categoria, são permitidos grupos de até dez membros. 

  • Ações Pedagógicas Estudantis

Destinada a projetos elaborados por estudantes de todas as etapas e modalidades de ensino estadual, contando com um docente responsável, e envolvendo a participação ativa dos estudantes na criação e execução de iniciativas educacionais e comunitárias. Os grupos inscritos nessa categoria podem ter até dez membros, sendo um deles, obrigatoriamente, o professor orientador.

Os critérios de avaliação de cada categoria podem ser consultados na íntegra no edital e contemplam itens como: 

  • Promoção da inclusão
  • Valorização da diversidade
  • Impacto na comunidade escolar  
  • Sustentabilidade e replicabilidade

Premiação

Os participantes que tiverem suas ações pedagógicas selecionadas serão homenageados em uma cerimônia especial durante o 3º Encontro Estadual de Educação Antirracista 2025. No evento, serão concedidas menções honrosas para os 1º, 2º e 3º lugares em cada categoria. Os autores das iniciativas selecionadas ganharão uma viagem intercultural com finalidade educativa, de acordo com a classificação:

1º lugar - uma viagem para um país africano
2º lugar - uma viagem para o Quilombo dos Palmares, em Alagoas
3º lugar - um percurso negro em Porto Alegre, bem como a oportunidade de participar de um evento nacional de educação antirracista 

A divulgação do resultado preliminar da premiação será em 21 de outubro, com período para recursos entre 22 e 28 do mesmo mês. O resultado final será divulgado no dia 3 de novembro. Todas as publicações oficiais estarão disponíveis no site oficial da Seduc.

Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva 

Nascida em 1942 em Porto Alegre, a professora doutora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, é uma renomada educadora, pesquisadora e ativista brasileira, cuja carreira é marcada pela luta contra o racismo e pela promoção de uma educação inclusiva. Formada em Letras/Francês pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), obteve seu mestrado e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ao longo de sua trajetória, atuou em instituições de ensino como a UFRGS e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Petronilha teve um papel crucial na implementação da lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas. Ela foi relatora do Parecer CNE/CP nº 3/2004, que regulamenta a Lei, e também contribuiu para a elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Sua pesquisa, incluindo a tese “Educação e identidade dos negros trabalhadores rurais do Limoeiro”, foi fundamental para o reconhecimento da comunidade do Limoeiro como quilombo. 

Texto: Ascom Seduc
Edição: Secom

Portal do Estado do Rio Grande do Sul