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Governo do Estado participa de encontro de líderes mundiais sobre clima no âmbito da Assembleia Geral da ONU

Evento acontece paralelamente à Semana do Clima de Nova Iorque

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A imagem mostra uma sessão em andamento nas Nações Unidas (ONU), possivelmente durante uma cúpula climática, como indicado pelo painel azul ao fundo com o texto "Climate Ambition Summit 2023". A sala está cheia de delegados e participantes sentados em mesas organizadas em formato semicircular, típicas de sessões da ONU.

Em destaque, dois telões mostram uma mulher discursando com o microfone ligado e um cronômetro marcando o tempo da fala (0:56). A plaquinha à sua frente indica "ICLEI", uma organização global voltada para sustentabilidade local. A plateia acompanha atentamente, com notebooks e documentos abertos, evidenciando o caráter técnico e diplomático do evento. A atmosfera é formal e voltada à discussão de políticas internacionais relacionadas ao clima.
Resultados das discussões serão apresentados no Evento de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU - Foto: Vanessa Trindade/Ascom Sema

O governo do Estado, representado pela secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, participou, nesta segunda-feira (22/9), do Diálogo de Alto Nível sobre Soluções de Adaptação Climática, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. O encontro de líderes mundiais sobre clima no âmbito da Assembleia Geral da ONU foi promovido pela equipe de Ação Climática do Secretário-Geral da ONU, em parceria com Brasil, Itália, Palau, África do Sul e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O evento destacou a urgência em se avançar no financiamento e na implementação da adaptação climática. De acordo com o Relatório de Lacunas de Adaptação 2024, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os recursos necessários para adaptação são de oito a 14 vezes maiores que os fluxos atuais de financiamento público. Embora quase todos os países já possuam planos de adaptação, menos da metade apresenta avanços concretos.

Plano Rio Grande: resiliência e reconstrução

Em sua fala, a secretária Marjorie, que também representou todos os governos subnacionais por meio do Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade, destacou que o Rio Grande do Sul tem enfrentado, nos últimos anos, alguns dos desastres meteorológicos mais severos de sua história recente. “As enchentes que marcaram 2023 e 2024 revelaram a urgência de articular reconstrução e adaptação em uma mesma estratégia. Nesse contexto, o Plano Rio Grande surge como um programa robusto de resiliência e reconstrução, alinhado à agenda climática global e conectado ao nosso plano de ação climática, o ProClima 2050, e ao Roadmap Climático, que reúne informações de todos os 497 municípios gaúchos”, afirmou a secretária.

Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Segundo Marjorie, o endividamento dos produtores rurais gaúchos, provocado pelas mudanças do clima, supera os R$ 70 bilhões, principalmente pela frustração de safras derivada de secas sucessivas. “O Rio Grande do Sul está pronto para ser um laboratório de instrumentos financeiros inovadores. Temos instituições financeiras parceiras e buscamos ampliar o acesso a fundos internacionais, como o Fundo Verde do Clima. Mas é fundamental que esses mecanismos sejam estruturados para apoiar o novo objetivo global de adaptação que será debatido na Conferência do Clima de Belém (COP30), com indicadores que reflitam a realidade dos territórios”, reforçou.

Os resultados das discussões serão apresentados no Evento de Alto Nível do Secretário-Geral da ONU, nesta quarta-feira (24/9), e integrarão um Pacote de Adaptação para a COP30, que acontece no mês de novembro. A expectativa é gerar compromissos concretos que reduzam as lacunas de financiamento e implementação, acelerando a adaptação em escala global.

Semana do Clima de Nova Iorque

A imagem mostra uma conferência oficial ocorrendo em uma sala das Nações Unidas (ONU), durante a Cúpula de Ambição Climática 2023 ("Climate Ambition Summit 2023"), conforme indicado pelo grande painel azul na parede ao fundo.

A sala tem iluminação moderna com luzes circulares no teto e está organizada com longas mesas em formato semicircular, onde diversos delegados e participantes estão sentados, muitos utilizando notebooks, tablets e documentos.

No centro da cena, duas grandes telas exibem a imagem de uma mulher com blazer claro e óculos, falando ao microfone. Ela está identificada com a placa “ICLEI”, uma organização internacional dedicada ao desenvolvimento sustentável local. Um cronômetro digital próximo a ela marca o tempo restante de sua fala.

A atmosfera é formal e diplomática, típica de reuniões internacionais de alto nível voltadas à discussão de temas globais, como mudanças climáticas.
Agenda funciona como um espaço estratégico de articulação antes das Conferências do Clima (COPs) - Foto: Vanessa Trindade/Ascom Sema

Ainda nesta segunda-feira, a secretária participou da abertura oficial da Semana do Clima de Nova Iorque, um dos mais relevantes fóruns globais sobre mudanças climáticas. O encontro tem como objetivo debater soluções práticas e acelerar compromissos rumo à descarbonização, adaptação e resiliência. 

A agenda, realizada anualmente em paralelo à Assembleia Geral da ONU, funciona como um espaço estratégico de articulação antes das Conferências do Clima (COPs). Nela, Estados, cidadãos e instituições não governamentais podem apresentar avanços, firmar parcerias e mobilizar recursos para enfrentar a crise climática em escala global.

A Semana do Clima de Nova Iorque (Climate Week NYC) é um evento anual e, neste ano, ocorre de 22 a 29 de setembro, com o tema "É a hora" ("It's time"), enfatizando a urgência da ação climática.

Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema
Edição: Secom

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