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Indicado comandante para negociar com o MAB

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O comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Serra (CRPO-Serra), coronel Waldir Joâo Reis Cerutti, assume amanhã (14) a coordenação das negociações com os integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) na barragem de Barra Grande, em Pinhal da Serra, no Nordeste do estado. Ele substitui o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar (10º BPM), tenente-coronel Luiz Carlos Martins, que na terça-feira (12), comandou a ação no local, cumprindo decisão de interdito proibitório, da Justiça Federal de Caxias do Sul, em favor da empresa Baesa em que ficaram feridos integrantes do movimento. O coronel Cerutti estava em férias e retornou ao trabalho. O secretário da Justiça e da Segurança, José Paulo Bisol e o Comandante-geral da Brigada Militar, Gérson Nunes Pereira, viajaram na manhã desta quarta-feira a Pinhal da Serra para verificar pessoalmente o caso. A decisão foi tomada após reuniões realizadas entre o secretário José Paulo Bisol, o comandante-geral da Brigada Militar, o comandante do 10º BPM, representantes do MAB e da empresa Camargo Corrêa, empreiteira responsável pelas obras na usina hidrelétrica Barra Grande, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. O comandante do 10º BPM alegou que a BM utilizou apenas bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Entretanto, integrantes do MAB levaram para reunião balas de borracha, que, segundo eles, teriam sido utilizadas por policiais durante a operação. Ouvindo as duas versões, a gente sente onde está a verdade, afirmou Bisol. Segundo o secretário, o conflito deveria ter sido evitado. Estamos promovendo uma mudança cultural na Brigada Militar, lembrou. O coronel Gerson Nunes Pereira informou que a Brigada Militar vai instaurar um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os fatos. Na ocasião, o secretário Bisol ouviu também os relatos dos integrantes dos atingidos por barragens. Entre as reivindicações, eles exigem a indenização justa dos bens que estavam na área desapropriada. Eles também querem crédito para o desenvolvimento da região e exigem o reassentamento digno.
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