O governo do Estado, através da Secretaria de Infra-Estrtura e Logística, avança no processo de revitalização da hidrovia do Rio Jacuí para o transporte de cargas ao Porto de Rio Grande. A retomada total da hidrovia, para escoamento da produção a custos menores do que o modal rodoviário, está prevista para 2009. As bóias de sinalização, orçadas em cerca de R$ 700 mil, já estão em fase de licitação.

As informações foram transmitidas nesta quarta-feira (28), pela Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), após avaliação da operação-piloto que movimentou 830 toneladas de arroz, partindo do porto da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), em Cachoeira do Sul, em 11 de outubro, até o porto rio-grandino.

Conforme a Superintendência, o resultado mostrou que o Jacuí está navegável e mais cargas devem ser transportadas ainda este ano pelo Jacuí.  A hidrovia deve ficar pronta em 2009, com sinalização noturna, que em primeira fase irá até Rio Pardo, chegando depois a Cachoeira, destacou o diretor-superintendente da SPH, Roberto Laurino, informando ainda que existem poucos pontos de assoreamento onde será necessário o serviço de dragagem.

O sucesso da operação-piloto, ressuscitando a hidrovia que estava em desuso há 18 anos, foi o resultado de uma grande mobilização de vários setores. Avaliamos as perspectivas para a continuidade do uso da hidrovia. Depois do transporte da primeira carga, vimos que as condições do rio estão melhores do que o esperado, afirmou o superitendente, que realizou a avaliação juntamente com dirigentes de empresas envolvidas na operação. 

Para a viabilização do primeiro carregamento, denominado operação-piloto, a SPH contou com a colaboração do superintendente da AHSUL (Administrador das Hidrovias do Sul), José Luiz Fay de Azambuja, órgão vinculado ao governo federal e responsável pela operação das barragens eclusas ao longo do rio Jacuí. Dentro de 10 dias, a SPH informará o prazo para o início das obras de manutenção do rio. Vamos recompor bóias antigas e iniciar a dragagem dos pontos mais críticos para garantir a navegação do Jacuí, assegurou Laurino.