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Governo neozelandês busca parcerias com a Fepagro e Sema

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O embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Mark Trainor, visitou, nesta quinta-feira (11), a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). O encontro teve como objetivo o debate de propostas sobre possíveis parcerias nas áreas científica e
Governo neozelandês busca parcerias com a Fepagro e Sema

O embaixador da Nova Zelândia no Brasil, Mark Trainor, visitou, nesta quinta-feira (11), a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). O encontro teve como objetivo o debate de propostas sobre possíveis parcerias nas áreas científica e tecnológica.

Um dos pontos fortes daquele país é sua tecnologia agrícola, particularmente em sistemas de pasto, horticultura e produção de vinhos. Existem consideráveis oportunidades para uma parceria entre a inovação e tecnologia da Nova Zelândia e a capacidade produtiva do Brasil, com potencial de gerar melhores resultados para ambos, explicou o embaixador. Já realizamos algumas parcerias na Bahia e em Goiás, afirmou Mark.

O diretor-presidente da Fundação, Danilo Rheinheimer dos Santos, falou sobre a importância da iniciativa. Devemos identificar áreas de interesse comum, conhecer as necessidades do país e formar grupos de estudos, sugeriu o dirigente. Além disso, devemos buscar fontes de financiamento para as pesquisa e parcerias internas, acrescentou. Segundo Danilo, o Estado poderá interagir nas áreas de produção de leite, ovinocultura e fruticultura. Em breve, o trabalho da Fepagro será potencializado com a nomeação de 24 novos pesquisadores, concluiu.

Participaram do encontro o representante das Relações Internacionais do Gabinete do Governador, Dilma Portela, o secretário executivo do FESA/Seapa, Mário Oliveira, e da Fepagro, o diretor administrativo Felipe Ortiz e os coordenadores das Divisões de Produção Flávio Albite; Pesquisa, Bernadete Radin; e Comunicação, Simone Linck.

Meio Ambiente
Mark Trainor também foi recebido, na manhã desta quinta-feira, pelo adjunto da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Hélio Corbellini, troca de informações entre o país e o Rio Grande do Sul. Na ocasião, o dirigente explicou sobre o projeto de reestruturação dos órgãos ambientais do Estado.

Corbellini detalhou o trabalho que vem sendo realizado pela Sema com os programas Plano Clima, Ar e Energia (Pace), projeto de cooperação entre o Governo Francês e o Governo do Rio Grande do Sul, divulgado no final de junho; Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV), que tramita na Assembleia Legislativa e que objetiva atender ao disposto na Resolução Conama Nº 418/09, uma vez que a intensa circulação dos veículos automotores em regiões urbanas constitui a mais importante fonte de ruídos e de poluentes atmosféricos; além do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas e o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Ar no Estado.

Trainor comentou que a Nova Zelândia quer zerar as emissões de carbono e que deve lançar o imposto do carbono em 2012. A mudança climática é uma ameaça direta ao meio ambiente, ao estilo de vida e à economia da Nova Zelândia. O Governo encara essa ameaça seriamente, por isso buscamos a experiência e informações do RS, comentou.

O governo da Nova Zelândia espera que o mercado de carbono possa ajudar a mitigar uma série de problemas ambientais que afetam aquela nação. O Protocolo de Kyoto é um tratado internacional que estabelece compromissos obrigatórios sobre as emissões de gases do efeito estufa de países e desenvolvimento, além de promover o mercado de carbono. Como participante, o governo neozelandês está introduzindo a Permanent Forest Sink Initiative (PFSI) para expedir créditos de carbono para proprietários de terra individuais que mantiverem suas florestas, de acordo com as regras de Kyoto. O Brasil, por sua vez, é um dos países emergentes em estágios mais avançados em termos de preparação para o Protocolo e para o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL).

Segundo Corbellini, a troca de conhecimento entre Nova Zelândia e RS é importante para o desenvolvimento de políticas públicas ambientais para ambos. Temos um clima parecido (subtropical), o setor agrícola com a plantação de milho, trigo, maçã; a pecuária de bovinos, ovinos, suínos e aves e; a mineração de carvão e gás natural nos aproximam e podem auxiliar no encontro de boas soluções, afirma.

Texto: Gislaine Freitas / Silvana Barletta
Foto: Gislaine Freitas
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305

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