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Governo do Estado realiza força-tarefa para evitar ingresso no RS da mais grave doença mundial a atacar plantas cítricas

Para prevenir Greening no Estado, vistorias ocorreram no Vale do Caí, na Serra e na divisa com Santa Catarina

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Foto mostra servidora em vistoria de cargas de frutas cítricas
Fiscalização sanitária ocorreu em cargas e ambientes de trânsito dos vegetais - Foto: Ascom Seapi

O Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDV/Seapi) empreendeu força-tarefa, entre os dias 9 e 12 de dezembro, para prevenir a entrada da doença HLB/Greening no Rio Grande do Sul. A ação ocorreu no Vale do Caí, na Serra e na divisa de Torres com o Estado de Santa Catarina. Greening é considerada a mais grave doença a atacar plantas cítricas em todo mundo.

Na divisa com Santa Catarina, foram vistoriadas 51 cargas com vegetais de interesse, sendo quatro cargas de citros, que foram cargas lacradas e abertas apenas no destino para a conferência integral do conteúdo. Além disso, foram checadas 32 unidades de consolidação, que é o destino das cargas provenientes de outros Estados.

Os integrantes da força-tarefa realizaram a coleta de três amostras de citros que ingressaram no Estado com folha, o que não é permitido por lei, e as enviaram para análise em laboratório oficial. Outra coleta foi efetuada em material de propagação oriundo de fora do Estado, também com o objetivo de confirmar a ausência da doença do Greening nas mudas vindas de outras unidades da federação.

Abastecimento seguro

Para a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal do DDV/Seapi, Deise Feltes Riffel, a força-tarefa de combate ao Greening foi realizada em um momento determinante. “Este é um período no qual o Estado não tem produção, fazendo com que o consumidor seja abastecido com os frutos de áreas de ocorrência do Greening, o que nos coloca em forte risco de entrada da doença”, concluiu.

Deise apontou que o esforço do departamento ocorre no sentido de evitar a chegada da doença no Rio Grande do Sul. Atualmente, o Estado, onde há aproximadamente 34 mil hectares de citros, não tem registro de Greening.

Além desse trabalho, desde o início de outubro, os servidores monitoram quinzenalmente cerca de 360 armadilhas adesivas amarelas instaladas em pontos estratégicos do Estado que servem para monitorar a presença do inseto vetor no Rio Grande do Sul. Até o momento foram coletados seis insetos, mas todos negativos para a presença da bactéria, confirmando o afastamento livre da doença.

Sobre o Greening

Greening, que também recebe o nome de Huanglongbing (HLB), é uma das doenças mais graves da citricultura mundial, atacando todos os tipos de citros, sendo que não há tratamento eficiente para as plantas doentes.

A doença é causada pela bactéria Candidatus Liberibacter asiaticus e a sua transmissão ocorre por meio do inseto Diaphorina citri, conhecido como psilídeo, que atua como vetor da doença. A transmissão também é possível por meio do enxerto de mudas já infectadas. Esse é o principal motivo pelo qual a legislação impede que frutos com restos culturais entrem em áreas onde a doença não está presente.

A doença de Greening apresenta sintomas como ramos amarelados e frutos assimétricos. As folhas ficam amareladas e os frutos geralmente não amadurecem e os que chegam a amadurecer ficam deformados com sabor mais ácido e amargo.

Texto: Fabrízio Fernández/Ascom Seapi
Edição: Secom

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