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Governador Eduardo Leite recebe relatório da gestão de Ranolfo Vieira Júnior como diretor-presidente do BRDE

Período no comando do banco foi marcado pela expansão da carteira de crédito e avanço na estruturação de PPPs

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Eduardo Leite recebe relatório da gestão de Ranolfo Vieira Júnior como presidente do BRDE.
Ranolfo destacou avanços do banco em carteiras de crédito, resultados operacionais e diversificação das fontes de financiamento - Foto: Vitor Rosa/Secom

O governador Eduardo Leite recebeu, na sexta-feira (31/10), um relatório dos resultados do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) durante a gestão do diretor-presidente do banco, Ranolfo Vieira Júnior, que está encerrando o seu ciclo no cargo. No documento, Ranolfo destaca o avanço positivo do banco em termos de carteira de crédito, resultados operacionais e no fortalecimento da política de diversificação das fontes de financiamento. A troca na presidência obedece ao rodízio entre os três Estados controladores do banco.

Na avaliação do presidente, o período foi marcado por desafios que seguem impactando a atividade econômica, a começar pelos eventos climáticos no Rio Grande do Sul e uma conjuntura de taxa Selic no patamar de 15% ao ano, dificultando o acesso ao crédito. “Mesmo assim, conseguimos consolidar o banco como referência importante ao desenvolvimento de toda a região Sul, em especial nesses momentos mais difíceis. O BRDE tem como missão apoiar quem empreende e transforma realidades, impactando positivamente a vida das pessoas. Foi uma grande responsabilidade e, acima de tudo, uma honra liderar essa instituição, que tem um papel tão relevante na vida dos gaúchos e de toda a região Sul”, frisou.

O governador destacou os avanços alcançados pelo banco durante a gestão de Ranolfo. “O BRDE tem exercido um papel cada vez mais relevante na promoção do desenvolvimento regional, apoiando projetos que geram emprego, inovação e sustentabilidade. Sob a liderança do presidente Ranolfo, o banco avançou com solidez, ampliando sua capacidade de financiamento e fortalecendo sua presença institucional. Esse trabalho consolidou o BRDE como uma referência e um instrumento de transformação. É um legado importante que reforça o papel do banco como parceiro estratégico dos Estados do Sul”, enfatizou.

Ranolfo cita no seu balanço a marca histórica de quase R$ 6 bilhões em novos financiamentos registrados no ano passado. “Estamos fechando o mês com uma cifra de R$ 28,2 bilhões em ativos, crescimento este que igualmente se replicou na carteira de crédito, que alcançou R$ 23,3 bilhões”, enumerou. Consta ainda no relatório que, depois de fechar o ano passado com um resultado operacional de R$ 472,5 milhões, entre os maiores da série histórica, neste ano o BRDE acumula R$ 484,8 milhões gerados como resultado líquido, resultado até setembro.

Eduardo Leite recebe relatório da gestão de Ranolfo Vieira Júnior como presidente do BRDE.
"Esse trabalho consolidou o BRDE como parceiro estratégico dos Estados do Sul", enfatizou Leite - Foto: Vitor Rosa/Secom

Diversificação

Para atender a demanda crescente por projetos alinhados à agenda da sustentabilidade e para fortalecer a inovação, o BRDE vem aprimorando a sua política de diversificação de funding. Neste sentido, o banco segue ampliando suas operações com instituições financeiras mundiais, como no caso da nova operação com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no valor de 120 milhões de euros — aproximadamente R$ 770 milhões — destinados a projetos com foco prioritário de alto impacto em favor do meio ambiente e do clima. O termo foi assinado em junho deste ano, em Paris, durante o Fórum Econômico Brasil-França.

Outro mecanismo que se consolidou neste período foram as operações junto ao mercado de capitais. No mês passado, o BRDE alcançou R$ 1,16 bilhão em captação via títulos de renda fixa. O banco foi a primeira instituição no Brasil a emitir Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs), ainda em novembro do ano passado, alcançando em apenas uma semana o limite de emissões permitido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com R$ 266,5 milhões captados. O BRDE também opera através de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que ultrapassaram os R$ 350 milhões no segundo semestre do ano passado, assim como por intermédio de Recibo de Depósito Bancário (RDB).

PPPs

A gestão de Ranolfo também foi marcada pela consolidação do BRDE como protagonista na estruturação de parcerias público-privadas (PPPs). Em 2024, o banco concluiu com sucesso os leilões de concessão de iluminação pública das cidades de Santa Maria e Sapiranga, realizados na B3, com investimentos previstos de R$ 219 milhões e R$ 127 milhões, respectivamente. Os projetos incluem a substituição de milhares de pontos de luz por tecnologia LED, sistemas de telegestão e iluminação especial em bens culturais.

Novas modelagens já estão em andamento em municípios como Gramado, Capão da Canoa, Tramandaí e Alvorada, com foco em soluções de cidades inteligentes. Além disso, o BRDE iniciou a estruturação da sua primeira PPP na área de infraestrutura escolar, em parceria com o BNDES e a prefeitura de Santa Maria. O projeto prevê a construção, reconstrução e modernização de até 30 unidades escolares, com foco na ampliação de vagas na educação infantil e na melhoria da qualidade do ensino.

Representação

Também mereceu destaque no relatório apresentado a inauguração, em fevereiro deste ano, do escritório de representação em Brasília, espaço que passou a acompanhar de perto as pautas prioritárias junto aos órgãos públicos e demais instituições bilaterais, em especial para agilizar as novas operações de captação de recursos.

Neste mês, outra iniciativa para fortalecer a presença institucional do BRDE foi o ingresso na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entidade que congrega as maiores instituições financeiras do país. “É um passo importante para o BRDE, que vem registrando um crescimento consistente nos últimos anos e assumindo um papel de destaque no cenário bancário. Crescer significa também acompanhar todo esse processo regulatório que asseguram a nossa solidez”, frisou Ranolfo.

Conforme define os atos constitutivos do banco, a presidência será agora ocupada por um representante do Paraná. O novo presidente será o economista Renê de Oliveira Garcia Júnior, enquanto Ranolfo reassume a Diretoria de Operações do banco.

Texto: Pepo Kershner/Ascom BRDE
Edição: Secom

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