Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Gilberto Gil conhecerá o Sobrado dos Azulejo, em Rio Grande

Publicação:

O prédio conhecido como Sobrado dos Azulejos da cidade de Rio Grande receberá a visita do ministro da Cultura, Gilberto Gil, e do secretário de estado da Cultura, Roque Jacoby. O ministro e o secretário estarão em Rio Grande, no dia 17 de junho, para assinar o protocolo de intenção, que prevê a instalação da Casa Judith Cortesão dos Povos de Língua Portuguesa no único imóvel totalmente revestido de azulejos existente no Rio Grande do Sul. O prédio localizado na esquina das ruas Rua Marechal Floriano Peixoto e Francisco Marques, próximo ao Porto velho, por seu valor arquitetônico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) em 1986. O projeto que teve como autor o arquiteto William Pavão Xavier teve sua restauração iniciada em maio de 2000, por meio de recursos provenientes da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) e do Grupo Petróleo Ipiranga. Por apresentar fachadas totalmente revestidas com azulejos portugueses do século XIX e estilo neo-clássico, o sobrado onde nasceu o almirante da Marinha Brasileira, Joaquim Marques Lisboa, será um lar perfeito para o acervo da professora e pesquisadora portuguesa Maria Judith Zuzarte Cortesão. O material, até então, estava depositado em uma casa fechada na cidade Ilópolis, à 196 quilômetros de Porto Alegre, no Vale do Taquari. O acervo de seis mil peças, entre livros, revistas, teses, documentos em geral, além de artesanato dos mais diversos países, pertence à pesquisadora nascida na cidade portuguesa do Porto, que no início dos anos 90 se estabeleceu definitivamente em Rio Grande. Viúva do literato português Agostinho da Silva e filha do historiador renomado Jaime Cortesão, Judith atua na área de Educação Ambiental e tem como prioridade a formação de agentes multiplicadores na área. Doutora em Letras, Medicina, Biologia, Metereologia, Climatologia, Biblioteconomia e Cinema, Judith Cortesão morou em Rio Grande de 1993 a 2002, onde criou relações estreitas com a Universidade Federal de Rio Grande (Furg) e também com ambientalistas e pesquisadores, se tornando cidadã honorária da cidade. Além de escrever 16 livros, a pesquisadora participou da elaboração de seis filmes, entre eles, um sobre a Reserva Ecológica do Taim. Judith também foi uma das criadoras do programa Globo Ecologia e consultora das ONGs Mata Atlântica e Instituto Acqua. Com conhecimento em 14 línguas, inclusive árabe e chinês, a professora representou o Brasil em comissões internacionais, como a das Nações Unidas sobre Poluição Marinha de Origem Terrestre, e realizou duas expedições à Antártida. Brasileira por adoção e patriotismo, Judith que já havia deixado marca na história da proteção ambiental, agora enriquecerá com seu trabalho à cultura do Rio Grande do Sul.
Portal do Estado do Rio Grande do Sul