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Executivo de conglomerado coreano assina protocolo com o Governo do Estado

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Documento assinado no Palácio Piratini define incentivos define os incentivos fiscais para uma planta de gaseificação de carvão
Documento assinado no Palácio Piratini define incentivos define os incentivos fiscais para uma planta de gaseificação de carvão - Foto: Caco Argemi

O executivo do grupo coreano Posco – que atua em áreas como siderurgia, energia e química em 16 países em todos os continentes – está no Rio Grande do Sul, onde participou de uma audiência com o Governo do Estado na manhã desta quarta-feira (3). A reunião incluiu a assinatura do protocolo de intenções que define os incentivos fiscais para o projeto de uma planta de gaseificação de carvão resultante da parceria entre o conglomerado asiático e a mineradora gaúcha Copelmi.

O encontro representa um novo passo em relação ao memorando de entendimento assinado em abril entre o grupo da Coreia, a Copelmi e o Governo do Estado, por meio da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI). A partir desse documento, foi iniciado um estudo de viabilidade econômica, técnica e ambiental com o objetivo de instalar uma unidade de gaseificação de carvão para produção de gás natural sintético (GNS) no limite dos municípios de Eldorado do Sul e Charqueadas. “Nossa equipe vem trabalhando de modo persistente no aproveitamento do carvão gaúcho. É muito importante potencializarmos o uso dessa riqueza para o desenvolvimento do Estado”, disse o governador Tarso Genro.

Os resultados do estudo deverão ser conhecidos até abril de 2015. Também na audiência de hoje, ocorreu a assinatura de uma carta em que a Sulgás manifesta intenção de compra do gás produzido pelo projeto, que deve começar a operar em 2020.

Com investimento de US$ 1,8 bilhão, a planta terá capacidade de produção de 2 milhões de metros cúbicos por dia. A expectativa é de que, na fase de implantação, sejam gerados 4 mil postos de trabalho diretos. “A presença no Estado do executivo da Posco, Jin-Kyeong Kim, demonstra a expectativa que o grupo está depositando nesse projeto, que garantirá uso sustentável e agregação de valor às reservas de carvão do Estado”, afirma o titular da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik, que assinou o protocolo de intenções juntamente com o secretário-adjunto da Fazenda, André Paiva.

O setor carboquímico integra a Política Industrial do Estado, coordenada pela SDPI, à qual a AGDI está vinculada. A estratégia é fomentar o uso do carvão mineral sob novas bases tecnológicas, com sustentabilidade ambiental, econômico-financeira e com eficiência energética. “Trata-se de uma iniciativa que inserirá o Estado em um ciclo de utilização sustentável da nossa maior riqueza mineral, uma vez que o Rio Grande do Sul detém cerca de 90% do carvão brasileiro”, explica o presidente da AGDI, Ivan De Pellegrin, que representou o Estado na assinatura do memorando de entendimento em abril.

O executivo coreano destacou o conhecimento da Posco nesse tipo de iniciativa. “A Posco entrou nesse projeto porque é isso o que sabemos fazer. E temos interesse em qualquer projeto futuro relacionado a gaseificação e carvão”, disse Jin-Kyeong Kim. Para a Copelmi, um dos grandes diferenciais do projeto é a posição geográfica, localizada a menos de 20 quilômetros do Polo Petroquímico de Triunfo e cercada de gasodutos de distribuição da Sulgás. “Para o Rio Grande do Sul, é uma garantia muito grande de alimentação de gás industrial”, afirmou o diretor-presidente da empresa, Cesar de Faria.

Texto: Bianka Nieckel
Edição: Redação Secom 

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