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Especial Dia do Professor: As crianças que querem crescer para ensinar

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Nesta terça-feira (15), comemora-se o Dia do Professor, e, na contramão midiática que estipula as profissões da moda, 18 alunos entre 8 e 10 anos da Escola Estadual Mario Quintana, em Alvorada, querem ser professores. Distante das críticas que a
Especial Dia do Professor: As crianças que querem crescer para ensinar

Nesta terça-feira (15), comemora-se o Dia do Professor, e, na contramão midiática que estipula as profissões da moda, 18 alunos entre 8 e 10 anos da Escola Estadual Mario Quintana, em Alvorada, querem ser professores. Distante das críticas que a profissão sofre, a vocação ganha espaço e, embora cada um tenha uma questão pessoal, existe uma justificativa para a escolha que é comum para todos: gostam de crianças e querem transmitir o que aprenderam.

Ainda iniciantes no mundo do conhecimento, alguns já decidiram a área que desejam atuar. Vinícius Vitório, 9 anos, aluno do 3ª ano e o único menino do grupo, quer ser professor de matemática para ensinar as crianças a fazer continhas. Já Nicole, que tem 8 anos e está na turma 22 do 2º ano, optou pelo mundo das letras e quer lecionar inglês. Eu acho tão bonito as pessoas falando inglês. Quero aprender e ensinar os outros. Luana Pereira, 7 anos, adora as cores, e essa é a justificativa para ensinar desenho.

A diretora da escola, Ione Muller, que tem 31 anos de magistério, desses, há 17 na Mário Quintana e há quatro como diretora, acredita que, além da aptidão nata, o bom ambiente da escola reflete nas escolhas dos alunos. Eles são bem tratados e esse acolhimento proporciona o despertar da vocação. Instigada para dar um conselho aos futuros mestres, disse façam com amor e com carinho.

A aluna Andrielly Andrade Martins, da turma 41 do 4º ano do Ensino Fundamental na Escola Carlos Bina, em Gravataí, quer ministrar aulas de música. A pequena musicista afirma acho bonito ensinar os outros. Ela é solista do Coral Carlos Bina Sogil e está participando da gravação de um CD dos músicos Marcelo Delacroix, Veco Marques e Carlos Stein. Sua inspiração vem da professora Susana Oliveira e da sua professora no coral, Lígia Ramos. De acordo com Lígia, o exemplo dado em sala de aula e o bom ambiente escolar, proporcionam a vontade de seguir a profissão. Existem coisas que só a gente ensina, e isso é insubstituível. Nossa profissão é árdua, mas é prazerosa, avalia.

Remuneração e formação 
O secretário de Estado da Educação, Jose Clovis de Azevedo, corrobora com a opinião das professoras. O professor ainda é uma figura respeitada pela sociedade e pelas crianças. E vem da figura do mestre a capacidade de ajudar a construir caminhos para uma vida melhor.

Azevedo também falou sobre os dois maiores desafios para o magistério: a valorização profissional na remuneração e uma nova formação de professores nas universidades. O desafio do Brasil é pagar melhor os seus professores. E também é preciso uma nova formação para os professores. As universidades precisam se reformular para atender os desafios da escola do século XXI, disse.

O secretário também enfatiza que essa mudança precisa ser feita por toda a sociedade e não apenas pelo poder público. Sou favorável à discussão de novas fontes de financiamento para a Educação. É preciso garantir recursos permanentes para que ocorra um salto de qualidade, concluiu. 

Texto: Ane Daniele Paulon
Foto: Divulgação Seduc
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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