Emater/RS auxilia produtores de Tavares e Mostardas no transplante de mudas de cebola
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A Emater/RS-Ascar incentiva e presta apoio técnico aos produtores rurais de todas as regiões gaúchas. No caso dos municípios de Tavares e Mostardas, no Litoral Norte, a entidade está auxiliando os agricultores no cultivo de cebola, que está entrando na fase de transplante de mudas. Em abril, os agricultores plantaram sementes das variedades bola precoce, baia precoce, super precoce, catarina e primavera e agora estão colhendo as mudas e deslocando-as para a lavoura.
Essas cebolas são consideradas de ciclo precoce, pois as mudas são colhidas primeiro do que as de ciclo normal e tardio, entre 60 e 70 dias após a semeadura. Quando a planta chega ao tamanho de 20 centímetros, da raiz até a rama, é realizado o transplante para local definitivo, onde acontece o desenvolvimento do bulbo. Este transplante é importante para que as mudas se desenvolvam e formem o bulbo. Na sementeira não há espaço para as mudas crescerem no tamanho ideal, explica o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar em Tavares, Gustavo Chaves Alves.
Durante o processo de crescimento é realizada a irrigação das mudas por sistemas de sulcos, que são valos entre os canteiros de mudas. Este sistema controla a umidade e auxilia no combate às doenças, resultando em mudas bem desenvolvidas e com boa sanidade, completa Alves.
Em Tavares o transplante das mudas de cebolas já está sendo feito e, somando a produção precoce com a safra normal, a expectativa é de que os atuais 1,1 mil hectares passem, nesta safra, para 2,1 mil. Em Mostardas, 75 produtores fazem o cultivo de cebola, mas devido ao clima chuvoso está havendo um atraso no transplante, pois muitas mudas ainda não alcançaram o tamanho ideal.
Aumento nos lucros
Trabalhando na produção de cebolas há 35 anos e com uma área de 5 hectares dedicados ao cultivo das precoces, o agricultor Antônio Carlos Antunes Pagano, de Tavares, utiliza o sistema para poder ganhar mais dinheiro. É um negócio de altos e baixos, mas tem suas vantagens porque, como eu tenho o produto disponível antes, consigo mais lucro e não há tanta concorrência no mercado neste período, salienta o agricultor.
Já o produtor Pedro Soares, que utiliza uma área de um hectare e meio, conta que está fazendo o repasse de cebolas, cultivadas precocemente, para a merenda escolar. Faço o repasse para as escolas de três em três meses. Ao final da colheita em outubro, pretendo obter uma produção de 50 toneladas, esclarece Soares.
Texto: Carine Massierer
Edição: Redação Secom