Documentário exclusivo sobre o escultor Bez Batti é exibido pela TVE
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Uma equipe da TVE viajou até o interior do município de Bento Gonçalves, nas cercanias do Rio das Antas no Rio Grande do Sul, para visitar o sítio onde vive o escultor gaúcho João Bez Batti. Lá, o artista plástico compartilhou o seu dia a dia de trabalho, relembrou histórias da infância, mostrou seu processo criativo e revelou seus anseios e sonhos. Tudo isso foi registrado e gerou o documentário exclusivo Bez Batti, no Tempo das Àguas, nono especial produzido pela emissora pública desde 2011.
O filme vai ao ar na faixa Recortes deste sábado (14), às 22h30, e pode ser conferida em horário alternativo na quarta-feira (18), às 23h30. A produção foi dirigida por Newton Silva, produzida por Fabiana Santana, roteirizada por Yara Baungarten, tem registro de imagens de Antônio Cioccari. Atrilha sonora do documentário é do multiinstrumentista paulista Carlinhos Antunes, com a música Dois Corações integrante do álbum Mundano, de 2003.
João Bez Batti Filho
João Bez Batti Filho nasceu a 11 de novembro de 1940 na Estância Mariante, município de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul. A família Bez Batti é originária da montanhosa Longarone, província de Belluno, região do Vêneto, norte da Itália. Dos diversos Bez daquela localidade, o ramo Batti recebeu este nome por ter dedicado várias de suas gerações ao ofício de trabalhar a pedra.
De lá, seu pai João Bez Batti, juntamente com a família, emigrou para o Brasil em 1905. Sua mãe Francisca Borchaidt tinha raízes luxemburguesas e germânicas. Foi dela a influência que fez seu filho João dedicar-se precocemente à prática do desenho.
O primeiro contato com o rio e os seixos ocorreu ainda na infância, quando se mudou, aos quatro anos, com a família para Volta do Freitas, localidade às margens do rio Taquari, município de General Câmara, próximo a Venâncio Aires. O rio Taquari é a continuação do Rio das Antas, que atravessa sinuosamente a serra gaúcha marcando seu caminho com fragmentos de pedras.
Causava profunda curiosidade ao jovem Bez Batti o fato de os seixos se renovarem a cada cheia em suas margens. Desde criança as formas trabalhadas pela natureza o seduziram, motivando-o a colecionar as pedras mais vistosas. Hoje, Bezz Batti é considerado um dos maiores escultores brasileiros em atividade.
Texto: Anahy Metz
Foto: Valdir Ben
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305