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Discurso do Governador Germano Rigotto na Assinatura do Protocolo de Intenções Expansão da Bunge Alimentos - Esteio

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Uma das vantagens que advém da experiência que se adquire na vida pública consiste na sensibilidade que se vai adquirindo para captar, da realidade, sinais positivos ou negativos. E eu não tenho dúvida de que estamos ingressando num momento muito positivo para o desenvolvimento de nosso estado. Este setor, onde a Bunge desenvolve a parte central de suas atividades, por exemplo, é um setor onde o Rio Grande do Sul colherá as boas perspectivas que se desenham no cenário mundial para a produção de soja. Os sensores da experiência mostram que há um somatório de fatores a impulsionar o mercado: o crescimento da população mundial; o gradual aumento do poder aquisitivo em mercados numerosos, como o mercado asiático; a crescente substituição dos farelos animais por farelo de soja; a expansão dos usos químicos do produto; o esgotamento das fronteiras agrícolas em produtores tradicionais e a adoção de sementes geneticamente modificadas. A isso ainda devemos acrescentar uma possível redução de subsídios concedidos por nações ricas a seus produtores, como conseqüência das pressões internacionais, da OMC e dos próprios contribuintes desses países. Quero, portanto, registrar minha satisfação com a decisão tomada pela direção da Bunge no sentido de duplicar sua planta industrial de Esteio e ampliar as atividades na planta de Passo Fundo. Serão investimentos de 344 milhões de reais que farão da unidade de Esteio uma das três maiores plantas do mundo no beneficiamento de soja. É uma decisão certa, que contará com o apoio de nosso governo através dos instrumentos legais adequados, que passarão a ser agilizados com a assinatura deste Protocolo de Intenções. Não preciso lhe dizer, prezado senhor Nilson Boeta, porque os estudos feitos para a definição deste empreendimento certamente haverão indicado isso, que é um bom negócio investir no Rio Grande do Sul. Esta é uma terra de felizes e produtivos encontros. Aqui, o Brasil se encontra com o Uruguai e a Argentina; o Planalto Brasileiro se encontra com o Pampa Gaúcho; a terra fértil se encontra com o trabalho operoso; e o empreendimento competente se encontra com o resultado positivo. *** Há poucos dias recebi em meu gabinete um grupo de pessoas que promoviam uma manifestação diante do Palácio Piratini. Conversei com elas. Pude sentir que havia neles homens e mulheres uma só e única aspiração. E ela não estava na assistência social que o governo possa eventualmente prestar. Não estava nos programas de alimentação ou renda mínima. O que aquelas pessoas queriam era a possibilidade de trabalhar. Pois estamos no governo com esse objetivo - gerar postos de trabalho; apoiar quem os possa gerar; abrir mercados para quem produz; atrair investimentos produtivos - porque esta é a maneira de darmos solução definitiva aos problemas sociais que tanto nos constrangem. Uma empresa como a Bunge, agora associada, desde abril, à DuPont, na joint venture Solae, seja pelo porte de suas operações, seja pela abrangência de seus mercados, seja pela tecnologia que gera e agrega àquilo que faz, muito pode contribuir, vice-presidente para a América Latina e África do Sul, Nilson Boeta, aos objetivos desenvolvimentistas de nosso governo. E estamos certos de que ambos queremos a mesma coisa. Ou seja: postos de trabalho para a nossa gente.
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