Convênio inédito entre governo estadual e MEC qualifica o ProUni-RS
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Os alunos do Programa Universidade para Todos (ProUni-RS) passam a contar com o auxílio de bolsas de permanência para a conclusão de seus estudos. Além de permitir o ingresso de estudantes da rede pública e do sistema de cotas, o projeto assegura que se fixem e concluam os cursos em suas próprias regiões. O Rio Grande do Sul é o primeiro a aperfeiçoar o programa neste sentido junto ao Ministério da Educação (MEC).
Para o projeto, serão destinados mais de R$ 3,5 milhões até o segundo semestre deste ano - um aumento em relação aos recursos relativos ao ano passado, quando foram investidos R$ 3,2 milhões. Nesta terça-feira (13), no Palácio Piratini, o governador Tarso Genro, o ministro da Educação, José Henrique Paim, e o secretário da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (Scit), Cleber Prodanov assinaram o termo de cooperação entre o ProUni e o ProUni-RS.
Com o convênio, amplia-se o desenvolvimento regional da versão gaúcha do ProUni, executado pela Scit e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). O programa garante o acesso da população de baixa renda ao ensino superior.
Ministro da Educação em 2004, quando o ProUni foi criado, Tarso Genro ressaltou o reforço das políticas de educação com o governo federal. “Ficam reforçadas as políticas federais de manter o aluno na escola e o formando na formação, que também são políticas nossas”, afirmou.
Para José Henrique Paim, a assistência estudantil se trata de uma política inovadora na relação dos gaúchos com a União. “É um grande desafio para nós. Quando um Estado propõe fazê-lo na forma de bolsa-permanência, nos dá mais efetividade na política de acesso à educação superior”, declarou.
Na avaliação do ministro, a proposta serve de exemplo às demais federações. “É um exemplo por mostrar a importância que tem a proximidade de relação entre a União e os Estados, no sentido de avançar na educação superior e dar cada vez mais oportunidades aos jovens brasileiros”. De 2003 a 2013, o MEC triplicou o número de vagas nas universidades federais, saindo de 112 mil por ano para 337 mil.
O titular da Scit, Cleber Prodanov, salientou que as novas bolsas vão garantir a fixação do estudante e sua formação qualificada nos cursos. “Podemos escolher um conjunto de cursos em várias regiões do Estado para oferecer a permanência, formando gaúchos em cursos tecnológicos e recursos humanos em novas áreas de investimento que estão sendo abertas, como a zona sul, região da Campanha e a Fronteira”.
Texto: Gonçalo Valduga
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305