Câmara da Carne Bovina debate fundo de sanidade e CPI
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A Câmara Setorial da Carne Bovina discutiu, nesta terça-feira (05), na Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), a reestruturação do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa). Na reunião da cadeia produtiva, propôs-se à criação de grupo para avaliar a atual situação do Fesa. Participarão do levantamento representantes da bovinocultura e das câmaras do leite e da suinocultura, além da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). A comissão auxiliará no reestudo do fundo coordenado pelo secretário da Agricultura, Odacir Klein. Conforme o chefe da Coordenadoria Estadual de Planejamento Agrícola (Cepa) da SAA, Edegar da Silva, a utilização, em anos anteriores, de recursos do Fesa no caixa único da Secretaria dificulta a apuração das reais condições do fundo, desde o orçamento disponível hoje até a operacionalização, que é a de integrar o custeio das ações de vigilância sanitária animal no Rio Grande do Sul. Também foi debatido o resultado das negociações com o governo catarinense referentes à comercialização de carne com osso. A retomada do ingresso do produto naquele estado foi autorizada, no mês passado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Relatório do Departamento de Produção Animal (DPA) da SAA, apresentado nesta terça-feira, descartou a possibilidade de retorno da vacinação contra aftosa em Santa Catarina. Na reunião da bovinocultura, o segmento demonstrou preocupação com a possibilidade de que as irregularidades na formação de preço, clandestinidade da carne bovina (abigeato e abate ilegal) e perda de competitividade da pecuária sejam temas não-analisados em profundidade pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Carnes, que teve a primeira sessão em 4 de agosto na Assembléia Legislativa. O temor é de que a crise da suinocultura acabe se tornando foco da investigação na CPI. O deputado e presidente da Comissão de Agricultura e Cooperativismo da Assembléia, Jerônimo Goergen, respondeu afirmando que, a partir de agora até 24 de novembro, quando se encerram as atividades da CPI, serão apuradas todas as questões ligadas à carne bovina. Compareceram ao encontro da câmara setorial representantes do Mapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Banrisul e Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Rio Grande do Sul (Sicadergs).