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BRDE busca alternativas junto à Finep para retomar financiamentos à inovação na Região Sul

Banco tem demanda de R$ 800 milhões aguardando disponibilidade de recursos

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A imagem mostra uma reunião corporativa em uma sala de conferência moderna. Nove homens de terno estão sentados ao redor de uma mesa retangular de madeira clara. No canto esquerdo da imagem, um homem de cabelos grisalhos e óculos, vestido com terno cinza e gravata vermelha, está falando enquanto gesticula com as mãos. À sua frente há um copo com água e alguns papéis.

No centro da mesa, outro homem com cabelo escuro e encaracolado está de costas para a câmera, trabalhando em um notebook que exibe a hora "11:36". Vários outros participantes estão atentos ou usando seus dispositivos eletrônicos, como celulares e laptops. Ao fundo, uma televisão está presa à parede exibindo uma apresentação com o título “Brasil” e o logo da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), sugerindo que a reunião seja relacionada a negócios ou projetos de inovação e desenvolvimento no Brasil.

A sala é bem iluminada, com paredes brancas e divisórias de vidro, transmitindo um ambiente profissional e organizado.
Na reunião, Ranolfo enfatizou a importância da ampliação dos limites de recursos junto à Finep - Foto: Flávia Frey / BRDE

Com cerca de R$ 800 milhões em projetos de inovação aguardando por financiamento nos Estados onde atua, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), vinculado ao governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), apresentou ao seu principal parceiro operacional alternativas para destravar a oferta de crédito ao setor. Durante encontro com o comando da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), na sexta-feira (22/8), no Rio de Janeiro, a diretoria do banco solicitou a ampliação dos limites quando houver a reabertura da liberação de recursos para a Região Sul. 
 
Instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Finep suspendeu o protocolo para novas operações no final de janeiro deste ano, alegando que os recursos disponibilizados para 2025 esgotaram-se em apenas um mês. Na semana passada, houve a reabertura para novos pedidos por parte dos agentes financeiros que atuam nas linhas de crédito descentralizadas, no total de R$ 400 milhões. Todavia, o montante será destinado exclusivamente para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 
 
Empresas sofrerão impactos se não houver ampliação dos limites

Para o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, se não houver uma alternativa para ampliar os limites de recursos junto à Finep haverá um forte impacto para as diferentes empresas inovadoras do Sul do país. “Somos o principal operador nacional da Finep há mais de uma década e reconhecemos o quanto essa parceria vem fortalecendo o setor da inovação. Por isso, é fundamental manter um ritmo positivo de novos investimentos, ainda mais em um momento de muitos desafios para nossas empresas. Será bom para toda a economia do país”, reforçou Ranolfo. 
 
Na audiência com o novo presidente da Finep, Luiz Antônio Elias, a primeira entre as duas instituições após a posse dele, foi destacada a relevância da atuação do BRDE no crédito descentralizado e a importância da modalidade para as outras regiões do país. No entanto, como a Finep ainda não teve acesso aos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), não há uma sinalização para a retomada dos protocolos para novos projetos. A informação é que as instituições financeiras que operam o crédito descentralizado na Região Sul serão chamadas em setembro, mas para tratar dos critérios de inovação e empresas a serem apoiados nestas novas condições a partir da reabertura dos protocolos em 2026. 
 
Em 2024, banco atingiu marca histórica 

Durante o encontro, o BRDE apresentou um balanço recente das operações voltadas aos projetos inovadores para empresas da Região Sul. Em 2024, o banco atingiu uma marca histórica ao financiar um total de R$ 751 milhões (167 projetos). Já no acumulado de 2025, o volume despencou para R$ 34 milhões (apenas oito projetos contratados com recursos da Finep). Ranolfo enfatizou que o banco fechou o primeiro semestre com uma carteira na casa dos R$ 23 bilhões e patrimônio líquido de R$ 5,2 bilhões. “As principais agências de risco ressaltam a solidez do banco, o que nos credencia a ter uma margem maior de recursos da Finep”, acrescentou. 

A inovação é um dos habilitadores do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, alinhado às diretrizes do Plano Rio GrandeLiderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro. 

A reunião contou, também, com a participação do vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Renê de Oliveira Garcia Júnior, do diretor Administrativo, Heraldo Alves das Neves, e do diretor de Planejamento, Leonardo Busatto. Para demonstrar o quanto o apoio à inovação faz parte da estratégia do banco, o relato levado ao presidente da Finep elencou a participação do BRDE em fundos de investimentos. Como cotistas em quatro FIPs, o BRDE já aportou R$ 47 milhões, viabilizando investimentos de R$ 123,5 milhões em 27 empresas da Região Sul. 

Texto: Ascom BRDE
Edição: Secom

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