Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

A dimensão do IPE (*Ronaldo Küfner)

Publicação:

Nesse momento, em que nos aproximamos dos 71 anos de existência ininterrupta do IPE - Instituto de Previdência do Estado, cabe uma reflexão sobre o valor e a dimensão desse órgão que constitui-se em patrimônio não só dos servidores públicos mas da sociedade rio-grandense. O IPE é uma autarquia vinculada à Secretaria de Administração e Recursos Humanos ? SARH ? do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Atualmente, presta serviços previdenciários (pensões) e de assistência médica aos seus segurados. São 268 mil servidores ativos e inativos do Estado, mais seus dependentes. Agregam-se, ainda, os servidores de municípios conveniados (assistência médica), atingindo cerca de um milhão de gaúchos e gaúchas com a cobertura do Instituto. A rede credenciada ao IPE conta com aproximadamente 8 mil médicos, mais de 600 laboratórios, 371 hospitais, 105 prontos socorros e mais de 300 clínicas. Portanto, o IPE reúne a maior rede credenciada de assistência médica abrangendo toda a extensão do Estado. Para exemplificarmos a dimensão dessa rede, basta referir alguns números relativos ao período de janeiro de 1999 a junho de 2002: 8,5 milhões de consultas médicas; 14,7 milhões de serviços complementares; 314 mil atendimentos ambulatoriais, 487 mil atendimentos hospitalares e 1,2 milhão pronto atendimentos, que, juntos, somaram R$ 1,07 bilhão investidos através do Plano de Assistência Médica do IPE. Para nós, que estamos à frente da administração pública, não paira qualquer dúvida sobre a importância e a necessidade de assegurar a continuidade do IPE enquanto instituição pública a serviço dos servidores, bem como da manutenção de seus benefícios, especialmente seus planos de assistência médica e complementar, que, juntos, aportam mais de R$ 30 milhões/mês ao sistema de atendimento à saúde do Estado. O IPE, entre os planos de saúde existentes, é o único a assegurar, pelo menor custo, ampla cobertura de exames complementares, consultas médicas, cirurgias, procedimentos ambulatoriais, internações e a realização de todos os tipos de transplantes. Recentemente, celebramos um acordo histórico entre o Instituto e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde e a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, redefinindo uma relação historicamente conflituosa. Este fato, por si mesmo, demonstra que, ao contrário do que objetivava o governo que nos antecedeu, o futuro do IPE não passa pela via da privatização. A cidadania gaúcha deve saber que a dita ?grave situação financeira? do IPE em nada se deve aos serviços de saúde prestados, mas, sim, à demanda crescente pelo pagamento de pensões integrais em razão do cumprimento de processos judiciais transitados em julgado. No último ano do governo que nos antecedeu, as pensões integrais eram apenas 314, importando num desembolso de R$ 344 mil. Atualmente, as pensões integrais atingiram o número de 25 mil, que geram um déficit anual de R$ 380 milhões. Essa é a realidade que ora enfrentamos à frente do IPE, que segue sendo público e cada vez mais qualificado. (*Presidente do IPE)
Portal do Estado do Rio Grande do Sul