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Violência doméstica é tema de seminário promovido pela Brigada Militar nesta terça e quarta

No evento, com a presença da ativista Maria da Penha, também serão anunciados reforços da BM nas patrulhas especializadas

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O enfrentamento à violência contra mulheres é um dos maiores desafios para a Segurança Pública. Por isso, seguindo as premissas do programa RS Seguro, as ações da Polícia estão cada vez mais estruturadas na integração de forças, na inteligência e no investimento qualificado.

O resultado desse esforço já reflete nos indicadores de criminalidade. Entre janeiro e setembro deste ano, houve 73 feminicídios, queda de 14,1% diante dos 85 registrados no mesmo período do ano passado. E ainda houve retração em outros quatro indicadores acompanhados pela Secretaria da Segurança Pública.

Também na comparação de acumulados, as tentativas de feminicídio caíram de 275 para 246 (-10,5%), as ameaças foram de 28.040 para 27.653 (-1,4%), as lesões corporais diminuíram de 15.775 para 15.126 (-4,1%), e os estupros reduziram de 1.384 para 1.172 (-15,3%). Todos números ainda elevados, mas que trazem esperança ao comprovar a tendência de queda verificada ao longo do ano.

Para continuar esse enfrentamento à violência, a Brigada Militar também investe na informação e na qualificação das ações preventivas. Nesta terça-feira (15/10) e quarta-feira (16/10), a BM, por meio da adjuntoria de Polícia Comunitária, realizará o 3° Seminário Estadual das Patrulhas Maria da Penha.

No evento, serão apresentados e discutidos os métodos do programa, como são aplicados, resultados e palestras com especialistas no assunto. Entre as participantes, um símbolo da luta das mulheres: Maria da Penha Maia Fernandes, vítima da violência doméstica e que deu origem a lei que tornou mais rígida a pena para os agressores, estará do encerramento.

Na oportunidade, também serão anunciados reforços para quem mais precisa de ajuda. Neste ano, foram instaladas oito Patrulhas Maria da Penha, priorizando as regiões mais necessitadas do Estado.

Pioneirismo

A Brigada Militar foi pioneira na instalação da Patrulha Maria da Penha no Brasil e hoje, vários Estados realizam trabalhos semelhantes inspirados no modelo desenvolvido pela instituição no Rio Grande do Sul.

A ação se iniciou em 2012 e, desde então, já tem cerca de 80 mil vítimas cadastradas, mais de 2 mil palestras de prevenção realizadas, cerca de 110 mil visitas as vítimas e quase mil prisões de agressores por descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência.

Atualmente, 40 municípios são contemplados com o programa de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica: Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Esteio, Passo Fundo, Santa Cruz, Cruz Alta, Gravataí, Viamão, Alvorada, Santana do Livramento, Uruguaiana, Vacaria, Pelotas, Rio Grande, Cachoeirinha, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Lajeado, Santo Ângelo, Ijuí, Santa Rosa, Bagé, Erechim, Vento Gonçalves, Santa Maria, Farroupilha, Charqueadas, São Jerônimo, Osório, Venâncio Aires, Portão, Capela de Santana, Sapucaia do Sul, Capão da Canoa, Xangri-lá, Tramandaí, Imbé, Montenegro e Guaíba.

Aviso de pauta

O quê: 3º Seminário Estadual das Patrulhas Maria da Penha
Quando: 15 (a partir das 13:30) e 16 de outubro (a partir das 8:30)
Onde: auditório do prédio 11 da PUCRS, em Porto Alegre

Texto: Ascom SSP
Edição: Secom

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