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Trabalhos das escolas estaduais na Expointer apontam soluções para os desafios do campo

Mostra reuniu 16 iniciativas que conectam inovação, sustentabilidade e realidade rural

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Na imagem, um grupo de estudantes e professores está reunido em torno de uma mesa de exposição em um espaço coberto. Sobre a mesa há uma caixa de madeira com plantas cultivadas em terra, representando um projeto escolar ligado à agricultura ou sustentabilidade. Dois jovens com camisetas verdes da Escola do Campo apresentam a atividade, enquanto adultos escutam atentos. Entre eles, um homem segura uma cuia de chimarrão e outro usa camiseta azul clara escrita “Educação Física”. A cena transmite aprendizado coletivo e valorização do conhecimento local.
Atividade permite mostrar como a escola pode contribuir com ideias aplicáveis à realidade do campo - Foto: Cainan Silva/Ascom Expointer

O governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), promoveu na terça-feira (2/9), a Mostra de Trabalhos na Expointer 2025. Ao todo, foram apresentados 16 projetos de escolas agrícolas e do campo, com abordagens sobre reciclagem, sustentabilidade, qualidade do solo e dos rios, dentre outras.

A secretária-adjunta da Seduc, Stefanie Eskereski, conheceu as iniciativas e interagiu com os alunos. “É muito inspirador ver de perto o trabalho dos nossos estudantes. Cada projeto apresentado aqui mostra a força da educação do campo e das escolas técnicas, que unem conhecimento, prática e compromisso com o futuro do Rio Grande do Sul”, afirmou.

A abertura da programação foi conduzida pelo superintendente de Educação Profissional da Seduc, Tomás Collier, que ressaltou a importância da participação da rede de ensino no maior evento agropecuário da América Latina. “Trazer os trabalhos das nossas escolas agrícolas e do campo para este espaço significa fomentar inovação, tecnologia e práticas pedagógicas ligadas à realidade rural. Queremos que os estudantes tenham a oportunidade de se desenvolver, trocar experiências e mostrar a força da educação profissional gaúcha”, destacou.

A foto mostra uma mulher com camiseta verde demonstrando um experimento em uma feira escolar. Ela segura um copo transparente com água, conectado por uma mangueira a um pequeno sistema de irrigação feito com balde azul e suporte de madeira. Sobre a mesa, plantas pequenas estão dispostas em um modelo que simula técnicas agrícolas sustentáveis. Um jovem de chapéu observa atentamente a explicação, enquanto outras pessoas circulam pelo ambiente. A cena destaca práticas educativas de ciência aplicada à vida rural.
Durante a mostra, foram discutidos os desafios da permanência da juventude no campo - Foto: Cainan Silva/Ascom Expointer

Oportunidade para estudantes refletirem a realidade do campo

As alunas do 9º ano do Instituto Estadual de Educação Cristo Redentor, em Cândido Godói, Gabriela Schardong e Laura Zavislak, levaram à mostra o projeto “Raízes da Água: Fluir e Cultivar”, desenvolvido como resposta à estiagem prolongada que atinge a região.

A iniciativa propõe alternativas sustentáveis e de baixo custo para reduzir os impactos da crise hídrica sobre as famílias agricultoras, que dependem diretamente da água para produção e subsistência. Entre as soluções apresentadas estão a perfuração de poços artesianos, a instalação de aquedutos de bambu para irrigação, a construção de composteiras e o reflorestamento de áreas próximas às nascentes.

Para Gabriela e Laura, participar da Expointer é uma oportunidade de mostrar como a escola pode contribuir com ideias aplicáveis à realidade do campo. “Vivemos de perto os efeitos da estiagem, que atinge tanto as lavouras quanto o abastecimento das famílias. Por isso, esse projeto é tão importante: além de garantir água para hoje, ajuda a preservar o meio ambiente para as próximas gerações”, destacaram.

Diálogos sobre a permanência da juventude no campo

O painel “Juventudes que Sustentam o Campo: Educação, Inovação e Futuro para o RS” também fez parte da programação e reuniu estudantes, professores e pesquisadores em um debate sobre o papel das novas gerações no meio rural. Durante a atividade, foram discutidos os desafios da permanência da juventude no campo, as possibilidades de inovação tecnológica e a importância da educação para garantir a sucessão familiar e o desenvolvimento sustentável das comunidades.

No turno da tarde, a programação foi marcada por momentos culturais e de diálogo. O público acompanhou o bate-papo Giro Cultural com o grupo Freio de Ouro, conduzido pelo vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Daniel Gonçalves. Encerrando o evento, a roda de conversa “COM-Vida: Convida Você a Ser Parte da Solução”, foi conduzida pelos representantes do Departamento de Educação para o Desenvolvimento Sustentável (DECEB), Kátia Rocha e Eduardo Almeida.

Escolas participantes

As exposições reuniram projetos de diferentes regiões do Estado, apresentados por escolas do campo e instituições técnicas.

Escolas estaduais:

  • Adão Martini (2ª CRE - São Leopoldo)

  • Adolfo Mânica (6ª CRE - Santa Cruz do Sul)

  • Cel. Lúcio Annes (9ª CRE - Cruz Alta)

  • Nhu Porã (11ª CRE - Osório)

  • Rio Toldo (15ª CRE - Erechim)

  • Instituto de Educação Cristo Redentor (17ª CRE - Santa Rosa)

  • Cel. Finzito e Carlos Becker (20ª CRE - Palmeira das Missões)

  • Ângelo Manhka (21ª CRE - Três Passos)

  • Dom Frei Vital de Oliveira (23ª CRE - Vacaria)

  • Nestor Vianna de Campos (27ª CRE - Canoas)

  • Carlos Bratz (32ª CRE - São Luiz Gonzaga)

  • João Manoel Corrêa (32ª CRE - São Luiz Gonzaga)


Escolas técnicas:

  • Nossa Senhora da Conceição - (24ª CRE - Cachoeira do Sul )

  • EET Fronteira Noroeste - (17ª CRE - Santa Rosa)

  • Celeste Gobatto - (20ª CRE - Palmeira das Missões)


Texto: Mariana Gomes/ Ascom Seduc

Edição: Secom

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